Em Marvão, mas muito bem preparado. Para além de conhecer quase de olhos fechados o percurso e, sobretudo, os possíveis atalhos, levo comigo um frasco com Chia.
Não não é a bicicleta que chia, são sementes de Chia, uma labiada originária da América Central e que fazia parte da medicina tradicional dos Aztecas e Incas.
Chia significa força. Os antigos guerreiros aztecas usavam-nas como um alimento energético e de resistência, sendo conhecida como o alimento, muitas vezes o único alimento, usado em caminhadas. Por isso comecei o percurso no sábado com uma mão cheia de sementes no papo e preparado para uma volta a solo.
Não não é a bicicleta que chia, são sementes de Chia, uma labiada originária da América Central e que fazia parte da medicina tradicional dos Aztecas e Incas.
Chia significa força. Os antigos guerreiros aztecas usavam-nas como um alimento energético e de resistência, sendo conhecida como o alimento, muitas vezes o único alimento, usado em caminhadas. Por isso comecei o percurso no sábado com uma mão cheia de sementes no papo e preparado para uma volta a solo.
Mas antes de falar sobre a volta (reparem que não disse o passeio), as coisas mais importantes: Os ausentes que se fizeram notar - as melhoras a todos; Um agradecimento aos companheiros dos Almondas, rápidos, velozes e bem animados; Uma referência à hospitalidade do Pau de Canela e do Gary do Camping Asseiceira.
A volta começou ... a subir, por caminhos que deixavam antever um dia extraordinário. O tempo ajudou, céu claro, temperatura amena. Tudo a 100%. Olhando para o que tinhamos previsto a "volta" parecia simples. Rolar na plataforma granítica que rodeia os picos de Marvão e da Serra Fria e subir, subir, os referidos picos.
Mas a planície não era verdadeiramente uma planície e a subida para Marvão foi dose, e embora o cenário de granito, de castanheiros e de carvalhos, deixasse todos com água na boca e de olhos bem abertos, é certo que todos tinhamos apenas olhos para Marvão e o seu castelo, que dominava todo o horizonte.
Apesar das más linguas, eu estive em Marvão (embora a uma cota mais baixa). Foi aqui que fiz o primeiro corte deixando as alturas para outros e fui por ali abaixo. Apanhei o antigo caminho de Portalegre, uma calçada de xisto rolado, com travessas em X de xisto também. Se a bicicleta não se desmanchou ali, então é porque nunca mais se há-de desmanchar. Esperei pelos outros (numa cena que se havia de tornar comum) junto à ponte da portagem, local que dava inicio à segunda grande subida em direcção à Serra Fria. Aqui tivemos um precalçozinho. Tão só uma montaria ao javali, gigantesca. Dezenas de caçadores, dezenas de cães e sobretudo dezenas de espingardas ameaçadoramente colocadas nas mãos de ávidos e pelo que parecia um pouco palermas, de caçadores que pelo aspecto poderiam muito bem vir a confundir um ciclista com um javali. É claro que em certas ocasiões parecemos uns porcos, mas neste caso ainda íamos limpinhos. Em todo o caso a situação parecia complicada pelo que a direcção da volta (eheh) decidiu (e bem acrescento eu que já ia a protestar com a ineficiência da Chia) descer e voltar à estrada nacional, afastando-nos daqueles malucos de carabina ao ombro.
Mas a planície não era verdadeiramente uma planície e a subida para Marvão foi dose, e embora o cenário de granito, de castanheiros e de carvalhos, deixasse todos com água na boca e de olhos bem abertos, é certo que todos tinhamos apenas olhos para Marvão e o seu castelo, que dominava todo o horizonte.
Apesar das más linguas, eu estive em Marvão (embora a uma cota mais baixa). Foi aqui que fiz o primeiro corte deixando as alturas para outros e fui por ali abaixo. Apanhei o antigo caminho de Portalegre, uma calçada de xisto rolado, com travessas em X de xisto também. Se a bicicleta não se desmanchou ali, então é porque nunca mais se há-de desmanchar. Esperei pelos outros (numa cena que se havia de tornar comum) junto à ponte da portagem, local que dava inicio à segunda grande subida em direcção à Serra Fria. Aqui tivemos um precalçozinho. Tão só uma montaria ao javali, gigantesca. Dezenas de caçadores, dezenas de cães e sobretudo dezenas de espingardas ameaçadoramente colocadas nas mãos de ávidos e pelo que parecia um pouco palermas, de caçadores que pelo aspecto poderiam muito bem vir a confundir um ciclista com um javali. É claro que em certas ocasiões parecemos uns porcos, mas neste caso ainda íamos limpinhos. Em todo o caso a situação parecia complicada pelo que a direcção da volta (eheh) decidiu (e bem acrescento eu que já ia a protestar com a ineficiência da Chia) descer e voltar à estrada nacional, afastando-nos daqueles malucos de carabina ao ombro.
Depois de uns kms a rolar em estrada, os protestos subiram de tom e na primeira oportunidade deixaram-me sozinho (consta que alguns foram até aos 950m na Serra Fria, mas enquanto não vir a foto junto ao marco geodésico não acredito. Parece que confundiram caminhos com aceiros e andaram com as burras às costas). Eu pela minha parte, fui calmamente, estrada fora até que de repente me apareceram as cristas de Puerto Roque, imponentes, com os abutres e grifos a esvoaçar sem esforço e é claro que não resisti a umas paragens mais prolongadas para umas fotos e outras explorações.
Para estas voltas longas o gps é uma ferramenta indispensável para uma boa coordenação do grupo. Apesar de gostar de andar sozinho, também gosto de andar com os outros e tem alguma piada ficar para trás e aparecer à frente do grupo num cruzamento do caminho ... não se esqueçam é do telemóvel para se manterem em contacto uns com os outros. Um grupo grande como este, muito espalhado deve manter uma capacidade de comunicação elevada e eu, o palerma que ainda por cima andou a maioria da volta sozinho, deixei o meu no carro.
Estas cristas são de facto imponentes. Apeteceu-me mesmo trepá-las, mas só em Espanha a seguir a El Piño, uma aldeia com muitas casas, um largo, um chafariz, um cão e nenhumas pessoas é que tive a oportunidade de as trepar fazendo companhia ao Nuno que andava por ali (eheh).
Por esta altura do campeonato já tinha consumido 2/3 da comida que levei e acabei com o resto antes de arrancar para a segunda parte do percurso. Reservei uma banana, dois geis e uma barra (e se faço esta referência aqui é porque esta banana acabou por dar história), e claro ainda tinha de contar com o efeito da chia ... mais tarde ou mais cedo haveria de o sentir.
Para estas voltas longas o gps é uma ferramenta indispensável para uma boa coordenação do grupo. Apesar de gostar de andar sozinho, também gosto de andar com os outros e tem alguma piada ficar para trás e aparecer à frente do grupo num cruzamento do caminho ... não se esqueçam é do telemóvel para se manterem em contacto uns com os outros. Um grupo grande como este, muito espalhado deve manter uma capacidade de comunicação elevada e eu, o palerma que ainda por cima andou a maioria da volta sozinho, deixei o meu no carro.
Estas cristas são de facto imponentes. Apeteceu-me mesmo trepá-las, mas só em Espanha a seguir a El Piño, uma aldeia com muitas casas, um largo, um chafariz, um cão e nenhumas pessoas é que tive a oportunidade de as trepar fazendo companhia ao Nuno que andava por ali (eheh).
Por esta altura do campeonato já tinha consumido 2/3 da comida que levei e acabei com o resto antes de arrancar para a segunda parte do percurso. Reservei uma banana, dois geis e uma barra (e se faço esta referência aqui é porque esta banana acabou por dar história), e claro ainda tinha de contar com o efeito da chia ... mais tarde ou mais cedo haveria de o sentir.
Um compasso de espera e pus-me a andar até porque seria apanhado pelos outros. Conto o resto na Chia parte 2.
3 comentários:
vá acaba lá a história ;)
Esta coisa da volta por episódios esta a virar moda.
Paulo tu foste o homem fantasma, aquele que desaparece e kms depois nos aparece na frente caído não se sabe de onde.
Olha que estás em melhor forma do que pensas. Não deixes de vir.
LOL!!! E agora censas do próximo capitulo... Pá... chutem lá esses Posts...
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