21 maio 2007

Idanha - Zarza La Mayor, Maio de 2007

Boas, No hay Fronteras!

Foi este o lema deste evento que aconteceu nesta bela zona do País. Felizmente os trinca estiveram representados e vários conseguíram os seus objectivos. A manhã estava óptima e o dia prometia muito calor. Eu o João e o Nuno chegamos na noite anterior e já estávamos ambientados com o local.

E lá fomos nós. Foi já em prova que encontramos o Trinca Brites. O homem está em forma e dei com ele sempre bem disposto e animado. Apenas para resumir a saída foi ás 09.30 e a nossa chegada a meta dos 50kms(62 km na verdade) em Zarza deu-se ás 14.00. Os valentes que chegaram primeiro aos 112 km fizeram-lo ás 14.30. Ele há pernas do caraças.

Foi um passeio muito bom. Trilhos, estradões, Single tracks, estradas e pontes romanas, cursos de água, pedra, enfim tudo o que a malta gosta. Sofreu-se muito com o calor pois o sol não perdou, e acho que até Zarza já toda a gente estava farta de bananas e água. Para o ano ponham alheira com ovos e umas garrafas de tinto para animar a malta. Mas foi á saida de Salvaterra do Extremo que veio o primeiro grande momento. Descemos a calcada romana com vista para o castelo de Penafiel e chegamos ao rio onde todos aproveitamos o cenário. O João terminou em Zarza, cumprindo com o seu objectivo com muito sofrimento mas já está pronto para outra. Eu tinha a ambição de fazer os 100, mas meus amigos ainda não foi desta. Segui o Nuno mas cedo percebi que me ia a arrastar. Também o brites foi para o 100 e lá passou por nós feliz e contente (que cena meu). Voltamos então a descer para o Erges e encontramos-nos de novo no banho. Dai, seguimos um magnifico single track sempre a acompanhar o rio bem de perto e com muito relevo que deu para fazer o gosto ás máquinas. E eram 16.30 quando chegamos a Segura, 78 km, onde nos esperava uma fantastica mas tardia sopa de feijão com massa e couves cozida em panela de ferro no lume..... houve quem morresse depois disto.... Vi o Nuno e o Brites a partirem para o fim e voltei a vê-los passadas 3 horas. Valentes. Os meus parabéns.

Ainda quero deixar um endereço que já têm fotos: http://mulheresbtt.blogspot.com Pirex































(as fotos estão pela ordem inversa)
Um Abraço a todos

Pirex

17 maio 2007

TrincaPedras não é para levar à letra ou Crónicas de uma queda anunciada


http://trail.motionbased.com/trail/invitation/email/accept.mb?senderPk.pkValue=123277&unitSystemPkValue=1&episodePk.pkValue=2735888

Total Time (h:m:s) 3:58:33
Moving Time (h:m:s) 2:36:11
Distance (km) 27.60
Moving Speed (kph) 10.6 avg. 69.1 max.
Elevation Gain (m) +926 / -846

Pois é. Saiu-me a fava. Logo agora que eu estava uma máquina a pedalar e fazia Kms atrás de Kms sem me cansar (mais ou menos estão a ver). Dei uma queda valente e violenta.

Resultado, tenho uma clavícula partida, muitas amolgadelas, escoriações e manchas negras para a troca. Se alguém quiser troco a clavícula. Ninguém quer …. Bem me parecia.

Mas não se preocupem demais. Com o tempo vai ao sítio e terão de me aturar mais vezes.

O dia (13 deMaio) começou às 8.30 com o objectivo de vencer o Cabeço de Montachique. Saímos todos da Venda do Pinheiro e fizemos uns trilhos bem engraçados que nos levaram até Ponte de Lousa, bem lá em baixo pois gostamos de complicar. Os campo estão fantásticos, com cores e cheiros de Primavera ou Verão que deixam os trilhos bonitos e convidativos.



Perto de Ponte de Lousa fizemos uma paragem, acompanhados por este companheiro, que nos desejou boa viagem. Ou erá que deitou um mau olhado. hummm, vou ter de ir à bruxa.



Boa disposição não faltava. Estavamos todos a andar bem, quer a subir, quer a descer, pelo apesar de nos enganarmos no caminho e termos de enfrentar a subida ao Cabeço de Montachique pelo lado mais dificil o ânimo era bom e a motivação elevada.


O Cabeço de Montachique tem 416m de altitude e oferece uma vista para quase todos os concelhos da região, pelo que possui um posto de vigilância de incêndios florestais. Neste dia os bombeiros andavam a testar os trilhos, pelo que lhes tivemos de dar passagem.

Mas chegamos lá. E esta é a ultima fotografia em que participei inteiro!! Tinha tudo no lugar certo e o número exacto de ossos que um ser humano deve possuir.

A descida do Cabeço foi fantástica (os 69km de velocidade máxima, o meu recorde pessoal foram atingidos aqui). O pior veio depois.

Quis ir até ao forte de Ribas onde existe uma cache e seguiamos num trilho, largo, duro, de terra batida com calcáreos em lage, praticamente plano, ao longo da cumeada, quando de repente e realço, de repente, vejo-me no chão quase KO, sem perceber o que se passava a não ser que estava todo feito em fanicos.

Quando o pessoal chega (eu ia á frente), só tive tempo para dizer- ai.

Olho para o lado e vejo a roda da frente ao meu lado, em agonia, separada do resto da bicicleta, e chamo-lhe *****-**-****, ***** e outras coisas feias, ao mesmo tempo que sinto tudo a andar à roda e digo - ai.

Algumas versões dizem que cheguei a desmaiar, ou a perder os sentidos para aí umas cinco vezes. Eu acho que não, mas depois de ver o capacete, com uma amolgadela do lado esquerdo do dobro do tamanho do galo que agora canta alegremente na minha cabeça, já não digo nada. Amolgado e tonto de certeza que estava.O pior foi depois, chegou um grupo de BTTs, que têm um médico no grupo (que luxo hã) e o homem olha para mim e tal. Olha para o ombro que estava para aí 5cm para a frente e 5cm para dentro e pronto fez-me logo ali o diagnóstico. Estás tramado.

O pior de um acidente são os orçamentistas. Estava um gajo ali deitado, todo partido, cheio de dores e mais tonto que uma barata tonta, e eles (incluindo a malta das moto4, que entretanto apareceu) tipo, está lixado, conheço um gajo que partiu-se todo e teve para quatro meses; é pá aquilo doi que se farta e é mesmo mau; um amigo meu tb fez o mesmo e nunca recuperou a sério....

Mas é tudo malta fixe. Fica aqui o agradecimento público á assistência que prestaram. Muito obrigado. E obrigado em especial ao Carlos, ao João e ao Nuno.

02 maio 2007

O Vale de Cabrela

Meus caros amigos, deixaram-me a falar sozinho, que é como quem diz, a pedalar sozinho. Só para chatear fiz uns trilhos fantásticos no Vale de Cabrela.
É um lugar fantástico, com um trilho de vários quilómetros que acompanha o Rio Cabrela, que mantém nas suas margens uma vegetação ripicola frondosa. Um espanto e uma alegria para os olhos.

Comecei como previsto (percebem a dica) às 9h em Pêro Pinheiro e dirigi-me logo aos Moinhos de Cabrela, que guardam o vale. Apontei para a rua da Gargantada, uma antiga estrada romana, com um declive de espantar.
Já me equilibro bem na bicicleta. De facto consegui chegar lá abaixo sem tropeçar, embora as lages no chão sejam um obstáculo, no mínimo giro. Sempre gostava de ver uma carroça de bois ou uma quadriga romana a subir a calçada.

Não contente cheguei lá abaixo e tornei a subir, para poder tornar a descer (parece óbvio, não é). E fiz por um caminho de terra paralelo, já com mais velocidade.

Depois de passar a ponte romana, meti-me por um trilho que acompanhava o rio, que não existia na carta militar que levava, mas que se acabou por revelar uma surpresa fantástica. O trilho é espectacular, bonito, muito diversificado e com algumas zonas mais dificeis (para não ser chato).

A minha ideia era chegar a Cheleiros, mas quando cheguei ao ponto de encontro entre o Cabrela e o Cheleiros, a água era tanta na zona de travessia, que resolvi deixar para outro dia (quando lá formos todos).

Aquele pico no centro da foto é o Lexim. Tenho de organizar um passeio que passe por estas zonas todas



podem ver aqui outra descrição de quem anda por aqueles lados