26 abril 2010

Da Galega a Maceira

Eu sei que já devem estar fartos dos meus posts. Parece que cada vez que dou um peidinho lá sai um post. Mas não e quem anda comigo sabe que não é assim eh eh eh.
Desta vez quero começar por dar os parabéns ao Trinca Tudo por mais uma grande lição nos deu. Quase 400 kms em 5 dias é obra. Brites, para o ano também vou.
Quanto aos que cá ficaram, havia um desafio lançado pelo Boss para ligar a Galega ao trilho da última volta que fizemos em belas. Poucos foram os que fizeram caso. E apesar de eu não estar com muita disponibilidade, lá arranjei uns minutos para descobrir uns percursos com recurso ao Google earth.
Contudo, todos sabem como é que essas coisas podem acabar. Desde portões intransponíveis no caminho a linhas de água completamente impossíveis de atravessar, tudo pode deitar por terra o desenho de percurso. Ainda por cima sem verificação prévia.
Imaginam então a minha grande curiosidade e apreensão em verificar o que tinha andado a escolher e o meu saldo final é bastante positivo. Os restantes que digam de sua justiça.
Então á hora combinada e mais 15 minutos que gentilmente emprestamos ao Hugo (FÉRIAS…) lá saímos. O JT perguntou-me “mas isto não é para aquele lado?” (ele é que tinha o GPS). Não, a parte inicial estava reservada para um cão enorme que veio lançado a mim e me obrigou a sentir o chão pela primeira vez (Brites faltavas cá tu).
O desvio servia apenas para não irmos sempre por estrada. E também para verificar se tudo estava em ordem. Pela minha parte estavam a estrear os discos, o guiador e os extensores. O Tuga, o pneu de trás e confesso que não vi nenhuma outra estreia denotar. Excepção para o regresso do Hugo que já fazia falta.
Subimos então até á Venda do Pinheiro e dai seguimos até Monfirre por caminhos já conhecidos. Foi aqui que iniciamos as novidades. Ora metemos pela vertente norte da serra junto ao Bocal e sempre a subir. Este caminho também serviu para escoar a água que caiu neste inverno e por isso fizemos este troço a chapinhar na água e a carregar as burras porque o caminho estava desfeito. Ou não?? Será que o outro subia aquilo tudo sem desmontar? Sabem de quem falo???
Mas tirando isso foi bem agradável de subir, contudo para próxima havemos de repetir o percurso mas invertendo o sentido da rota.
Dai, fizemos a ligação ao trilho que trazíamos de Belas e que servia de referência. Repetimos esses kms e demos nova dimensão a uma pequena zona de vegetação muito serrada e com uns monólitos de calcário (o JT disse-me o nome mas não me lembro) onde imperam uns single tracks muito engraçados e onde paramos para algum lazer e fotos de família (eu gosto muito deste bocado e podem contar comigo para lá voltar).
Este era o objectivo que eu tracei e quem não gostou que aguente. A partir daqui era tudo novidade. Viramos á esquerda no sentido de Pero Negro e entramos na Maceira. Eu tinha visto uma fonte no Google e achei que valia a pena. Depois de algum desacerto provocado por um agricultor cioso da sua vinha la encontramos o caminho e fomos surpreendidos por uma formação calcária com um arco onde nós passamos caindo logo de seguida num rego com mais de um metro de fundo que desembocava no pequeno e agradável parque de merendas com a tal fonte.
Mais uma paragem para recuperar forças e novamente ao caminho. Passados alguns metros encontramos a linha do Oeste e o JT foi o único a atravessar antes do comboio passar enquanto nós batíamos as fotos. Neste ponto foi o único sitio onde as minhas “pesquisas” falharam. Mas tomamos a linha para sair dali e recuperamos o trilho junto ás antenas “paranóicas” da Marconi.
Daqui para a frente deixamos o verde dos campos para entrar numa zona de exploração de Mármores, onde grandes valas cheias de água (como aquelas onde morreram os miúdos na semana passada) estão á mão de qualquer um. Pelo menos nós chegamos lá sem obstáculos.
Mas para sair já não foi assim. Demos com um portão com o aviso de cão e lá tivemos que derivar á direita e improvisar uma saída. Mas acabou por correr bem. Pouco tempo depois estávamos nos Negrais. Já passava da hora prevista para terminar.
As máquinas já estalavam por todo o lado. Já havia quem falasse em comprar latas de óleo tal era o desespero em calar o rugido do metal. Para não falar na fome e na tentação de estar na terra do leitão onde os 10 aerios do JT teriam pago um manjar de sandochas para a malta.
A Felipa num rasgo de lucidez atirou, apontando para uma estação de lavagem, que seria uma boa oportunidade de dar alguma “frescura” ás bikes. E foi de facto o melhor que podíamos fazer naquela altura.
Havia então que decidir se regressávamos por estrada ou continuávamos atrás do GPS. Ganhou a última. A esta altura eu já andava bem á frente do pessoal pois o motim estava em preparação e como se não bastassem os cães agora também os trincas me queriam morder eh eh eh.
La fomos. Mais uma descida (o que implicava mais água) e nova subida com toda a dor que isso nos iria provocar… E houve quem sofresse.
Chegados a St. Estevão das Galés metemos de novo á descoberta. Ao inicio o trilho parecia limpo, mas aos pouco foi fechando e a vegetação tomou conta do caminho. Ás tantas estávamos tipo no meio da selva tal era o tamanho do matagal. Mas lá saímos para entrar na última subida do dia. De novo penosa e no fim deu direito a ver a Filipa no seu banho de lama. Muito gosta esta gente se SPA´s eh eh eh .
Vencida esta etapa foi sempre a descer até á Galega. 50kms muita dor e quase 2 das tarde. Rica volta. A repetir com certeza..
Estiveram a Filipa, o Nuno, O Hugo, O João Pires, O João Tremoceiro e eu
As fotos do costume virão mais tarde

Abraço
Pirex

Da Galega ao Campo de Lapiás da Granja dos Serrões


Pois é Trincas, numa volta realizada em 2009 já tínhamos ido de Belas até ao Campo de Lapiás da Granja dos Serrões e a vontade de lá voltar tinha ficado. A paisagem é diferente de todo o resto por onde já andámos, parece que entramos num pequeno jardim do paraíso.


O local é classificado, tem cerca de 50ha e é acessível pela N 545, sendo o relevo é típico das regiões calcárias. Os que têm curiosidade sobre o que deu origem àquela paisagem tão característica podem procurar informação na Net, existe muita. Resumidamente, o que deu origem àquela paisagem é o facto de o calcário, que é uma rocha sedimentar, ser formado predominantemente por carbonato de cálcio e de este ser solúvel nas águas da chuva que contêm dióxido de carbono. Estas águas aproveitam as fracturas na rocha para se irem infiltrando e escavando cada vez mais a rocha (processo de de carsificação). Isto não acontece de igual forma em todas as rochas, umas são mais duras que outras, estão mais sujeitas à erosão dos elementos. São estas rochas mais teimosas, que resistem ainda hoje naquela paisagem, formando monólitos espectaculares e constituem o chamado campo de lapiás, onde vegetação também ela especial se desenvolve. Estes campos de Lapiás são também observáveis em Negrais e na costa da Boca do Inferno até ao Guincho.


E foi com este espírito de descoberta que lá partimos às 8h da manhã. Os Três Cavaleiros da Galega e su Dama (D. Filipa), o Hugo (bem vindo) e a minha pessoa. O que não estávamos à espera é de apanhar uma valente tareia, mais de 1.100m de acumulado e quase 47Km com lama, pedras que nunca mais acabavam e uma chegada depois das 2h da tarde. A lama era de tal forma que a meio fomos lavar a biclas numa estação de serviço. A minha, coitada, quando chegou chiava por todo o lado – não havia réstia de óleo naquela transmissão.

Começando pelo principio. O percurso foi delineado na cabeça daquela personagem mítica “O Pirex”, ser de cultura gastronómica e ciclistica inigualável, que todos estimamos, mas com duvidosa capacidade de traçar um percurso no Google Earth.


Logo no inicio ele, O Pirex, como achou que a volta era curta, em vez de ir directo ao destino levou-nos a uma volta por uma pistas da Galega por onde eu nunca tinha andado. Um cão da zona também achou aquilo estranho e atirou-se com toda a matreirice ao Pirex que, num acto de bravura, se atirou a gritar para o chão, não por medo ou terror, é claro, mas para preparar um contragolpe mortal.


E foi assim que fomos para a Venda-do-Pinheiro, e se começou a subir, subir e mais subir. Mas caros Trincas, o convívio era bom, o dia estava fabuloso e a paisagem era magnífica. Não havia subida, lama ou pedra que pudesse abalar o prazer que era estar ali. Eu que já fiz muitas voltas por ali só tenho a dizer que passei por algumas das zonas mais bonitas de sempre nesta região. O pessoal da Galega andava a esconder estas paisagens (tirei poucas fotos mas sei que o Pirex tem muito mais).




A coisa lá se fez em grande estilo, por vezes a ter de inventar percursos pois o tipos da Google são uns incompetentes e não têm os caminhos actualizados, mas sempre à espera de chegar ao nosso objectivo – o campo de Lápias. Aqui ficam algumas fotos deste local mágnifico.





O pior foi o regresso. O calor já apertava, o Google não ajudava e a lama também não. O Hugo que já não pedalava à algum tempo teve um regresso algo doloroso, a Filipa dizia que a queríamos matar, o Tuga mandava um bitaites ao Pirex a ver se ele não inventava e eu, que não tinha levado abastecimento para uma prova daquelas, estava esganado com fome.




Ainda fomos à NASA cá da terra a ver se nos davam orientações, sem sucesso.

Foi mais uma volta daquelas que não se esquecem. Valeu bem a pena. Grande abraço ao Pirex pelo percurso e aos restantes pela companhia.





18 abril 2010

Da Galega até Monsanto e Monsanto Galega

Saída 8:30 a chover, o Nuno, Filipa, Eduardo e o tuga. E chegada a Monsanto 9:00 horas com chuva.

Já que estávamos ali decidimos ir até a DECTHLON. Aqui encontramos a verdadeira comunidade do BTT. Onde todos esperavam uma aberta para ir pedalar. Após uma volta a loja e como o tempo continuava com alguma humidade. Decidiu-se que era melhor regressar a Galega.

Chegados a terra e continuando com alguma humidade no ar. Ponderamos, se o tempo permitir mais logo vamos pedalar.

Dito e feito. Após uma refeição ligeiramente pesada e com o acompanhamento de uma bebida espirituosa. O tempo abriu e combinamos por volta das 16:00 horas na Quinta da Mata.

Lá começamos a pedalar sempre em alcatrão brindados com o sol. Fizemos uma parte do circuito da noite até Montachique, de seguida descemos até Lousa pela encosta Repsol, voltamos a subir a Montachique e terminamos na Galega.

Aqui ficam alguns dados estatiscos 30 km em 1:30 horas e com o acumulado de 700 metros.


Trinca tuga