Há 5 anos atrás tinha estado no G100 em Grandola com o meu amigo Rodrigo... Nesse dia, apanhei tanta chuva que fiquei com a sensação que o empeno tinha sido provocado pelas más condições atmosféricas...
Ontem, o tempo esteve melhor, mas o empeno foi igualmente grande, pelo que, tenho de concluir que afinal é a Serra de Grandola que é realmente muito durinha...
Desenganem-se os que pensam que o Alentejo é só estradões rolantes e planos... Raros foram os momentos durante os 60kms que rolamos em plano... Penso mesmo que apenas os últimos 8 kms foram feitos em terreno rolante e plano...
Tal como o Pirex e o João já tiveram oportunidade de relatar, os primeiros 20kms provocaram um sentimento misto... Se por um lado a paisagem eram deslumbrante, o progresso era muito lento... Fazendo adivinhar que não seria possivel percorrer os 80kms inicialmente previstos...
As paragens ocorriam apenas por dois motivos... Por tudo e por nada... Ora porque tinhamos de desmontar para passar uma arvore, ora para atravessar um riacho ou um rasgo enorme no caminho... Ora porque o TUGA partia um raio da roda da frente numa das suas famosas quedas... Ou então, para o João orientar a cena do GPS... Já sabemos que as voltas guiadas por este bicho provocam sempre alguns momentos de indecisão sobre qual o caminho a seguir...
Após os primeiros 30kms, já todos estavam cansados e a pensar... Se os primeiros 30 foram assim, como é que serão os próximos 50kms... Foi nesse momento que decidimos encurtar a volta, poupando uns belos 20 a 30kms num dos pontos mais altos da Serra de Grandola, tendo acompanhado o IC que vai de Grandola até Sines... Foi também nesse momento que caiu uma batega de auga com tanta força que ficamos completamente ensopados... Valeu o facto do tempo estar quente, pelo que, passados 30min já estavamos de novo completamente secos...
Houve ainda tempo para quedas com algum aparato protagonizadas pelo Trinca-Tuga, sendo que, o momento alto do dia foi sem dúvida a queda do Rui em cima de uma pequena ponte de madeira, que irei descrever com maior detalhe mais à frente neste Post...
A famosa Foto de Familia tirada no incio da volta, em frente ao Quartel de Bombeiros
A passagem aéres pedonal iria marcar a entrada no trilho...
As marcas deixadas pelas intempéries dos últimos tempos...
A entrada no trilho...
Ainda a volta não tinha começado e já o Trinca-Boss tinha vontade de fazer um Xixi... Primeira paragem do dia...
Nesta volta pela Serra de Grândola, devemos ter cruzado tantos Riachos com água, quanto o número de portões na volta do ano passado em Arraiolos. Por isso, imaginem bem a quantidade de água que o Alentejo apresenta nesta altura do ano... Se no inicio alguns ainda evitavam molhar o pezinho (leia-se Brites e Pirex), a partir de um certo momento, a agua até servia para refrescar os pés...
O primeiro Riacho do dia...
Mais uma paragem... Desta vez para apreciar uma fonte de água...
A menina a levantar os pezinhos para não se molhar... (Mal sabias tu o que te esperava durante o resto do dia...)
E o primeiro portão do dia... Não fosse estarmos em pleno Alentejo...
As meninas a atravessarem o Riacho... Desmontados...
Aqui há saida de um dos Single-Tracks mais espetaculares do dia...
Como podem ver... Sempre a descer... LOL...
Após alguns kms num sobe e desce constante pela Serra de Grandola e depois de termos voltado a entrar no Track do GPS, começamos a entrar numa zona da Serra sem pontos de referência, em que os caminhos estavam de tal forma disfarçados, que só quem conheça bem o local ou com a ajuda de GPS se consegue orientar neste autêntico labirinto...
Fomos acabar num pequeno paraiso onde aproveitamos para fazer uma pausa para reforço energético, ao mesmo tempo que apreciamos a paisagem...
Após a pausa, seguimos por ali abaixo... sempre a descer... Sempre a largar travão...
Ne dúvida se seria uma pedreira abandonada ou um desmoronamento natural...
Mais paisagem...
Nesta fase, já era ao contrário... o fresco da água até dava para refrescar um pouco...
Foi aqui que o pessoal aproveitou para se rir um pouco à minha conta... Uns apostavam que eu seria capaz de atravessar o riacho sem meter os pés dentro de água... Os outros estavam desconfiados...
Eu bem que tentei... Mas a um metro da margem, a roda da frente ficou presa numa rocha enquanto a roda de trás ficou completamente no ar... Por mais que pedalasse não conseguiria sair do mesmo sitio... Fui obrigado a meter os pés na água e a molhar por completo os pezeiros... que por sua vez acabaram dentro da mochila...
Escusado será dizer que fui motivo de risota geral...
Aqui as meninas a desmontarem para ultrapassar um pequeno obstáculo... Uma árvore caida no caminho... Basta levantar as rodas meus caros... Afinal para que serve a bicicleta... Tsss... Tsss...
A volta prosseguiu por muitos e bons kms... A partir de um certo momento, já todos estavam a acusar o desgaste dos primeiros 20kms e os motivos para falar já eram poucos... Já se começava a falar muito sobre o regresso a Grandola...
Após encurtarmos a volta em cerca de 20kms, ainda se abateu uma pequena tempesaade em cima de nós, que nos deixaria completamente ensopados... Pingos dqueles que quase fazem doer.... No entnato, e dado que a temperatura estava amena, passado meia hora, já a roupa estava de novo enxuta...
Mas o ponto alto da volta estava para acontecer... Circulavamos ao longo de um riacho quando nos deparamos com uma pequena ponte de madeira que teriamos de atravessar... Nuno em primeiro lugar, depois eu... O João Tuga seguiria atrás de mim e logo depois o Rui...
Como a ponte terminava num pequeno degrau, escusado será dizer que o João Tuga parou para fazer o degrau desmontado...
O Rui, distraido como sempre... E não tendo reservado espaço suficiente para o João que circulava à sua frente... É forçado a meter travões a fundo...
Estão a ver o resultado de misturar uma ponte em madeira, com chuva e uma travagem brusca em cima da madeira molhada não estão??????
Estava eu ainda a preparar-me paa filmar o pessoal a atravessar a ponte, quando me dou conta da travagem do Rui e vejo... Bicicleta para um lado e homem para o outro... A bicicleta foi parar dentro de água... O Rui ficou meio fora, meio dentro da ponte...
Depois de percebermos que o Rui estava bem, a tentativa de retirar a bicicleta dentro de água, foi o momento cómico do dia...
Para que fique registada a ponte em que o Rui quase perdeu a bicicleta...
Após 50 e poucos kms a satisfação era geral... Missão cumprida... Que grande volta... Mais uma... Para quando a próxima???
Ainda tivemos oportunidade para um banhoca nos balneários do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Grandola, aos quais agradecemos a disponibilidade e simpatia manifestada...
Escusado será referir as fantasias elaboradas na cabeça do Rui, com as mangueiras dos bombeiros... vou poupar-me a comentários...
Depois do banho ainda houve lugar a um lanche em jeito ajantarado... Fome??? Nãooo... O pão alentejano desaparecia em segundos mal era colocado na mesa...
Carne de proco à Alentejana, Salada de Polvo, Moelas, Cacholeira (ó que raio de nome se chama), azeitonas alentejanas, salsicha, chouriça e queijo alentejano, foram apenas alguns dos acepipes que serviram para aconchegar o estômago dos 6 valentes BeTeTistas... Afinal, esta é a melhor parte da volta... Ó Victor, onde é que tu andavas a esta hora rapaz? Pelo menos podias ter aparecido para a comida... Seu Trinca-Bolos...
Abraço,
Ass: Luis Brites (Trinca-Tudo)
PCCRB
2 comentários:
Artista... és um artista... olha lá achas que eu estou com vontade de por placa no lugar dos dentes??? então achas que eu tenho jeito para andar de bike? Ainda esperas que seja capaz de passar um tronco atravessado como tu? tens que deixar de fumar essas coisas eh eh eh. Eu já tenho lesões que me cheguem :).
Olha, gostei do post porque ajudou a lembrar a serra. Olha, espero que os que não vieram fiquem picados. :)
Abraço
Pirex
Brites, está um espectáculo. Grândola ficou muito bem documentada.
Daqui a uns anos vamos relembrar isto com muita saudade.
Mas, nada é perfeito, tenho de fazer alguns reparos:
1 – Como é que tu pudeste gastar duas fotos com a minha necessidade fisiológica? Como?
2 –Tens de por uma bolinha vermelha nos filmes, a linguagem destes tipos é imprópria para consumo.
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