20 outubro 2006

Évora Dia 1 1/2

Depois das pataniscas tratamos de arranjar gelo para a minha cabeça. Imaginem a alegria dos indigenas de Valverde, quando um maluco em ceroulas, entra e pede gelo para a cabeça. A esta hora ainda devem estar a gozar comigo.

Por esta altura e como tinhamos a barriga cheia resolvemos fazer mais uns kms e acrescentamos mais um momento cultural - tratavam-se das ruínas de uns banhos romanos. Foi duro pois a descrição do tratamento dado aos nobres romanos, para quem já levava para aí uns 40km no ..., ficou mesmo a apetecer.


Por esta altura pedalavamos num montado frondoso e bonito mas os Trincas começavam a distanciar-se, devo desde já agradecer ao Trinca Barritas a sua presença, pois com ele nunca mais fui o ultimo. Obrigado Zé.


De regresso a Valverde, para o verdadeiro almoço - a bela da bifana - começou a espalhar-se pelo grupo a doença tipica dos montados alentejanos. O calor, os Kms acumulados começaram a fazer-nos desejar uma sombra fresca debaixo de um chaparro. Em todo o caso enchemo-nos de brio e num pulo trepamos até ao castelo de Giraldo sem Pavor (sigam o link que este blog também é cultural e a história até é bem engraçada, onde qual cavaleiros medievais trepamos até ao rochedo mais alto para daí contemplar, de sorriso rasgado a vastidão alentejana.

A partir começou a falar-se insistentemente em cromeleques. Todas as conversas evrsavam insistentemente os cromeleques.

Os cromeleques são já ali depois daquele monte. Subimos ao festo e é logo ali. Só mais um bocadinho, etc, etc ... o resultado foi ... perdemo-nos!! (parecia que estavamos na Malveira - alguém apagou o caminho).

Mas enfim nada que um bando de doutores e engenheiros, armados em Trincas, não resolvesse com - mais kms - pois claro!

O que é um facto é que chegamos aos cromeleques. O dos Almendres.

É um sitio espectacular, onde se respira mistério e misticismo. Quem nunca visitou estes monumentos deve de facto fazê-lo, pois são diferentes de tudo. Pessoalmente, acho muito engraçado observar a relação que as pessoas adoptam face aos monolitos.

No caso dos Trincas, o cromeleque dos Almendres fica marcado como sendo o ponto de viragem para o regresso no 1º dia. E se a viagem da aldeia de Guadalupe se faz em cerca de 4-5km sempre a subir, a descida fez-se de tal forma vertiginosa que iamos levando uns espanhois à frente. A esta hora ainda devem estar a perguntar o que era aquilo que lhes fez uma barba ao carro.

A viagem de volta não tem muita história, a não ser o desejo declarado de um bom jantar (que posso dizer-vos não deixou ninguém indiferente) de uma boa cama (Zé estás proibido de tornar a levar o teu colchão de ar!!) e sobretudo tudo desde que não tivesse selim!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu disse que se não pudesse ir a Évora que nem queria ver as fotos...mas não conseui resistir...

Espetáculo...

Para quando a 2ª edição?

Não posso faltar!

Trinca-Tudo