29 março 2011

Mértola - o repasto

Para complemento do post anterior, aqui ficam as imagens do repasto. Espero que compreendam a verdadeira essência da coisa eh eh eh










Créditos para o Rui
Abraço
Pirex

Mértola

Olá amigos. Tenho que confessar que levava poucas expectativas para Mértola. As únicas mesmo interessantes estavam ligadas à gastronomia. Mas vamos por partes.
Depois de várias desistências de última hora, o grupo ficou reduzido a 7 magníficos como o JT chamou. Estes juntaram-se às 7 da manhã na estação de serviço da A2 em Alcácer do Sal. Rumamos a Sul via Beja e chegamos a Mértola pelas 09.15. Enquanto uns preparavam as bikes e faziam os respectivos alongamentos, outros correram à procura dos quartos e “pelos vistos” a uma sessão de partilha de pomadas dérmicas com respectivas aplicações “amigáveis”. Foi preciso um telefonema para saber se ainda pensavam em pedalar naquela manhã.
Marcamos então o ponto de encontro para a partida junto à ponte sobre o Guadiana mais precisamente na rotunda que a antecede.
Partimos às 10, mais coisa menos coisa e assim que atravessamos a ponte paramos para a primeira foto de grupo. Subimos pela estrada para aquecer as pernas e no cimo dessa encosta metemos na terra pela esquerda.
O tempo estava nublado mas a temperatura agradável. Estavam previstos aguaceiros mas nunca fomos verdadeiramente incomodados por estes. O Sol lá apareceu amiúde. Mas verdadeiramente espantoso foi os tons de verde espalhados por toda a parte. A primavera a despontar apresentava muitas flores onde os tons de branco, roxo e amarelo reinavam. Só a paisagem extrema nas minas de São Domingos contrastava com os tons gerais.
A primeira parte da volta foi rolante e animada. As conversas habituais com o velho destaque para a propaganda barata de um determinado papagaio que manifestamente incontinente no verbo insiste em tentar convencer os outros das suas duvidosas façanhas masculinas.
Julgo que o momento caricato do dia foi a égua do Tuga, que eu vi por completo e pena tenho de não ter filmado. Ainda bem que nada de mal lhe aconteceu.
A dada altura ficamos sem PL que armado do seu GPS trilhou por um percurso diferente para atingir o mesmo objectivo. Voltamos a nos juntar numa praia fluvial com areia branca e condições balneares cujo nome não retive. Mas registamos uma bejecas e umas bifanas seguidas da nossa bica. Não fora a paragem que quebra, aquilo teria sabido muito melhor. Na altura pensei que os elementos do BTT Almonda teriam adorado aquela parte… não sei bem porque .
Lá voltamos ao caminho para entrar então nas Minas. O nosso primeiro objectivo do dia. Cores quentes dominavam a paisagem. Amarelos, laranjas, vermelhos, castanhos, ocres e a oxidação transportaram-nos para o ambiente do filme Robot da pixar. Águas contaminadas, metais pesados e muito veneno espalhado pela paisagem são resquícios de uma revolução industrial e devem ser de facto motivo de visita para todos verem o que devemos evitar.
Muito interessante e algo doloroso foi fazer o trilho que o minério percorria até chegar ao Pomarão onde seria embarcado em navios para seguir o seu curso. Este fora desenhado para uma linha de caminho de ferro e como tal era plano com muitas pontes. E o que nós encontramos foi apenas o traçado sem carris e as respectivas travessas e com a grande maioria das pontes deitadas a baixo. Fomos obrigado a um constante monta e desmonta para descer aos ribeiros em cada ponte destruída para descer aos cursos de água. Mesmo os vários túneis que atravessamos foram feitos a pé pois aquele trepidar não dava jeito nenhum e a minha luz não chegava para todos. Brites que falta fizeste nesta parte.
Chegados ao Pomarão, mesmo na hora para o festival do peixe, a gente era tanta que nos demotivou procurar uns petiscos. Mas pelos vistos petiscos não haviam muitos mas sim caldeiradas de enguias e muge. Estavamos com 50kms.
Iniciamos então o regresso a Mértola e com mais ou menos esforço lá chegamos sem mais percalços. Até o PL que foi ficando para trás conseguiu terminar a volta e pessoalmente espero que tenha ficado com confiança para nos acompanhar daqui para a frente pois ele também faz falta.
Terminamos na mesma rotunda onde começamos e até isto foi agradável, pois foi possível alongar com calma e relaxar os músculos da tareia. Uma nota para o Clube náutico que nos proporcionou alojamento mas pessoalmente continuo a preferir acampar nestas coisas.
Um grande sublinhado para o jantar. Fomos ao Brasileiro que só o é de nome. É um restaurante tipicamente alentejano e recomendo vivamente a quem for para aqueles lados. Isto é se não for à procura de Bitoques. É…
Só para terem uma ideia: Túbaros com ovos; Ovos com espargos; lebre de escabeche; queijo gratinado; pasta de azeitonas. Depois, ensopado de perdiz; Javali estufado; Migas com carne de conserva. Queijo curado no final. Acho que não me esqueci de nada. Estava em casa.
No final fomos fazer um city tour by night para conhecer melhor a vila Museu.
Havemos de lá voltar.


































































































































Um abraço

Pirex