Eu sei que já devem estar fartos dos meus posts. Parece que cada vez que dou um peidinho lá sai um post. Mas não e quem anda comigo sabe que não é assim eh eh eh.
Desta vez quero começar por dar os parabéns ao Trinca Tudo por mais uma grande lição nos deu. Quase 400 kms em 5 dias é obra. Brites, para o ano também vou.
Quanto aos que cá ficaram, havia um desafio lançado pelo Boss para ligar a Galega ao trilho da última volta que fizemos em belas. Poucos foram os que fizeram caso. E apesar de eu não estar com muita disponibilidade, lá arranjei uns minutos para descobrir uns percursos com recurso ao Google earth.
Contudo, todos sabem como é que essas coisas podem acabar. Desde portões intransponíveis no caminho a linhas de água completamente impossíveis de atravessar, tudo pode deitar por terra o desenho de percurso. Ainda por cima sem verificação prévia.
Imaginam então a minha grande curiosidade e apreensão em verificar o que tinha andado a escolher e o meu saldo final é bastante positivo. Os restantes que digam de sua justiça.
Então á hora combinada e mais 15 minutos que gentilmente emprestamos ao Hugo (FÉRIAS…) lá saímos. O JT perguntou-me “mas isto não é para aquele lado?” (ele é que tinha o GPS). Não, a parte inicial estava reservada para um cão enorme que veio lançado a mim e me obrigou a sentir o chão pela primeira vez (Brites faltavas cá tu).
O desvio servia apenas para não irmos sempre por estrada. E também para verificar se tudo estava em ordem. Pela minha parte estavam a estrear os discos, o guiador e os extensores. O Tuga, o pneu de trás e confesso que não vi nenhuma outra estreia denotar. Excepção para o regresso do Hugo que já fazia falta.
Subimos então até á Venda do Pinheiro e dai seguimos até Monfirre por caminhos já conhecidos. Foi aqui que iniciamos as novidades. Ora metemos pela vertente norte da serra junto ao Bocal e sempre a subir. Este caminho também serviu para escoar a água que caiu neste inverno e por isso fizemos este troço a chapinhar na água e a carregar as burras porque o caminho estava desfeito. Ou não?? Será que o outro subia aquilo tudo sem desmontar? Sabem de quem falo???
Mas tirando isso foi bem agradável de subir, contudo para próxima havemos de repetir o percurso mas invertendo o sentido da rota.
Dai, fizemos a ligação ao trilho que trazíamos de Belas e que servia de referência. Repetimos esses kms e demos nova dimensão a uma pequena zona de vegetação muito serrada e com uns monólitos de calcário (o JT disse-me o nome mas não me lembro) onde imperam uns single tracks muito engraçados e onde paramos para algum lazer e fotos de família (eu gosto muito deste bocado e podem contar comigo para lá voltar).
Este era o objectivo que eu tracei e quem não gostou que aguente. A partir daqui era tudo novidade. Viramos á esquerda no sentido de Pero Negro e entramos na Maceira. Eu tinha visto uma fonte no Google e achei que valia a pena. Depois de algum desacerto provocado por um agricultor cioso da sua vinha la encontramos o caminho e fomos surpreendidos por uma formação calcária com um arco onde nós passamos caindo logo de seguida num rego com mais de um metro de fundo que desembocava no pequeno e agradável parque de merendas com a tal fonte.
Mais uma paragem para recuperar forças e novamente ao caminho. Passados alguns metros encontramos a linha do Oeste e o JT foi o único a atravessar antes do comboio passar enquanto nós batíamos as fotos. Neste ponto foi o único sitio onde as minhas “pesquisas” falharam. Mas tomamos a linha para sair dali e recuperamos o trilho junto ás antenas “paranóicas” da Marconi.
Daqui para a frente deixamos o verde dos campos para entrar numa zona de exploração de Mármores, onde grandes valas cheias de água (como aquelas onde morreram os miúdos na semana passada) estão á mão de qualquer um. Pelo menos nós chegamos lá sem obstáculos.
Mas para sair já não foi assim. Demos com um portão com o aviso de cão e lá tivemos que derivar á direita e improvisar uma saída. Mas acabou por correr bem. Pouco tempo depois estávamos nos Negrais. Já passava da hora prevista para terminar.
As máquinas já estalavam por todo o lado. Já havia quem falasse em comprar latas de óleo tal era o desespero em calar o rugido do metal. Para não falar na fome e na tentação de estar na terra do leitão onde os 10 aerios do JT teriam pago um manjar de sandochas para a malta.
A Felipa num rasgo de lucidez atirou, apontando para uma estação de lavagem, que seria uma boa oportunidade de dar alguma “frescura” ás bikes. E foi de facto o melhor que podíamos fazer naquela altura.
Havia então que decidir se regressávamos por estrada ou continuávamos atrás do GPS. Ganhou a última. A esta altura eu já andava bem á frente do pessoal pois o motim estava em preparação e como se não bastassem os cães agora também os trincas me queriam morder eh eh eh.
La fomos. Mais uma descida (o que implicava mais água) e nova subida com toda a dor que isso nos iria provocar… E houve quem sofresse.
Chegados a St. Estevão das Galés metemos de novo á descoberta. Ao inicio o trilho parecia limpo, mas aos pouco foi fechando e a vegetação tomou conta do caminho. Ás tantas estávamos tipo no meio da selva tal era o tamanho do matagal. Mas lá saímos para entrar na última subida do dia. De novo penosa e no fim deu direito a ver a Filipa no seu banho de lama. Muito gosta esta gente se SPA´s eh eh eh .
Vencida esta etapa foi sempre a descer até á Galega. 50kms muita dor e quase 2 das tarde. Rica volta. A repetir com certeza..
Estiveram a Filipa, o Nuno, O Hugo, O João Pires, O João Tremoceiro e eu
As fotos do costume virão mais tarde
Abraço
Pirex