29 novembro 2010

De Sintra ao cabo



Mais um Domingo mais uma volta, 8h15 da manhã, Barragem do Rio da Mula, sete bravos Trinca Pedras num ambiente frio e desconfortável. Onde estão todos os outros domingueiros? Suponho que na cama a ganhar coragem para enfrentar os 7º que se faziam sentir.
Aquecimento feito (= calçar e colocar capacete) e toca a pedalar atrás do Boss. Nem parece o mesmo, 13kg a menos e uma força brutal para pedalar. Eu, depois da paragem do Verão, bem me esforço para acompanhar o grupo mas eles insistem em subir, subir e subir.
Ao fim de meia-hora e de 6kms a subir para encurtar trajecto percebi que ia levar mais um daqueles empenos, era o começo. Ainda tínhamos de fazer mais duas ou três subidas valentes para encurtar mais trajecto. Entre fazer uma valente subida durante 250m e uma descida por 1.5km só mesmo o Boss para escolher a primeira hipótese e, pior! aproveitando a falta de oxigénio no cérebro da malta ainda nos convence a ir com ele. Mas há que reconhecer, deixa-nos descansar e apreciar a paisagem por 2 segundos e faz sempre um ar paternal quando diz entusiasmado “então não valeu a pena?”. Já nem lhe respondo, o cansaço é tanto que penso ouvir vozes e tenho medo de responder ao além.
Da Peninha avistamos toda a costa e o nosso objectivo intermédio, o Cabo da Roca. Era hora de aproveitar a descida que nos conduziria ao asfalto que serpenteia as colinas da Azóia até ao cabo. No ponto mais ocidental da Europa tiramos umas fotos para o blog e ainda tivemos tempo para ver nascer uma bela amizade entre o Pirex e o José Castelo Branco lá do Japão. Um rapazito com um ar singular que não hesitou em repousar a sua mão no capacete do Pirex, enternecedor…
O momento do dia esteve prestes a acontecer quando o Brites vacilou e a malta rezou para o ver cair, o homem não está pelos ajustes e lá remediou a coisa mantendo-se de pé para descontentamento geral.
Seguimos junto à costa em direcção à Praia da Adraga para podermos fazer mais uma subida que nos iria repor na linha do gps do Boss. Chegados a Colares um miminho do Boss para o Tiago, paragem para um cafezinho. Dá com uma mão e de seguida tira logo com a outra…toca a pedalar por asfalto a subir que nem loucos. Ainda comecei uma conversa com o Pirex mas ele deixou-me para trás a falar sozinho…
O Tuga levou um companheiro novo, um chiar no amortecedor que nos acompanhou kms, já só queria acabar a volta, levava 30km nas pernas, um chiar doido a ecoar na cabeça e o Boss a dizer: “ epá oh Hugo eu não sabia que era assim a subir tanto”, como se desse para acreditar!? Então não é que depois de fazermos (finalmente) uns singletracks porreiros ainda nos tentou convencer a subir o Monge em vez de descer para o carro?! Já não lhe dei ouvidos, fiz-me à descida que nos levou vertiginosamente aos carros e ao merecido repouso.
O parque estava agora repleto de ciclistas, pessoal bem-disposto com 20 ou 25km nas pernas e com 500m de acumulado….já nem me lembro desses tempos!

3 comentários:

Nuno Vilhena disse...

Sintra é sempre muito porreiro, quanto ao JT o que dizer...
Hugo estás na forma que nos habituaste, cronicas 5* em relação á componente fisica não sei do que te queixas isto custa a todos, menos ao JT lol

Abrs.

Nuno Vilhena

Pirex disse...

Hugo, já tinha saudades dos teus posts. Só depois de ler isto é que me apercebi do que subimos. Não é por nada mas já me tinha esquecido. Acho que a coisa que mais me marcou neste domingo foi o frio nos pés. Bolas, já me doíam os dedos de tão gelados que estavam.
Mas o espirito da coisa esteve lá. Só os papagaios não apareceram eh eh eh.
Abraço
Pirex

Unknown disse...

Hugo, grande regresso às crónicas. Está visto que em todas as voltas vamos ter de encontrar coisas para alegrarem todos os participantes:
- para o Pirex um japonês “querido”;
- para o Tuga uma suspensão silenciosa;
- para o Hugo, tampões nos ouvidos para não ouvir a suspensão do Tuga;
- Para o Tiago um cafezinho e um pastel (na volta anterior também tivemos esse momento);
- Para o Rui, dizem as más línguas, um negão;
- Para o Nuno, uma suspensão traseira e frontal negro fosco, a condizer com o quadro;
- E, finalmente, para o Brites uma queda que nos alegre a todos (sem mal de maior está visto) – o raio do homem não cai?