13 abril 2015

A volta do Leonel


Estamos a ficar peritos em voltas relâmpago. Se não acreditam perguntem ao Leonel.
Esta volta estava planeada há muito. Desafiados pelo Hugo, marcamos a data na agenda. Mas para variar, num grupo destes, havia que negociar as datas. Emails para a frente e para trás não trouxeram novidades. Data fechada e o modelo o habitual. O desafiante marcava o jantar e os banhos. Contaram-se as espingardas,  nunca este termo seria tão apropriado, e o grupo ficou fechado a 5 trincadores. A volta delineada previa origem e fim no mesmo sítio e cruzava o território a este da base prevista, Torres Vedras. O objetivo percorrer as Linhas de Torres. Este devia ser o título mas acho mais justo chamar-lhe "A volta do Leonel". É verdade, este nosso companheiro colocou tanto esforço e empenho para a realização da mesma que foi com um grande pena que tomamos conhecimento da sua ausência. Leonel, amigo, vamos continuar a pedalar e olha que estiveste sempre connosco.
Voltando às linhas de Torres. Na véspera não havia nem banho nos bombeiros, nem jantar marcado se bem que esta última parte era mais fácil de resolver. A questão higiénica é imprescindível pois normalmente acabamos estas voltas num estado muito mau. Havia que tomar uma decisão rápida. A malta da Galega podia providenciar os banhos mas tínhamos que alterar o ponto de partida. Olhamos para o mapa e ficou decidido começar em Pero Negro


 Ponto de encontro na Galega às 8.30. Inicio às 9. Acho que deve ter sido uma das poucas vezes em que este propósito foi cumprido. Ainda não fiz referência ao tempo. Quando começamos fazia frio e parecia que ia chover. Ainda deitamos uns palavrões sobre o que é que estávamos ali a fazer, mas a vontade era mais forte.



 É só lama....




 Eu tinha uma estratégia por conhecer a orografia da zona. Começar a subir o mais possível de manhã para terminar a descer. Reparem no gráfico de acumulado.
Mas acho que nem eu estava preparado para aquela subida inicial sempre a partir pedra. Quer dizer, o Paulo estava. Há dois "animais" que são artistas em cima da bike e este é um deles. O homem consegue disparar, parar, voltar a disparar quando o resto está morto.
Esta subida, rumou ao forte do Alqueidão. Este é um velho conhecido, mas como era a volta dos fortes, a malta andou a fazer turismo e a picar a caderneta de cromos por cada forte visitado. Sinceramente, perdi a minha. Quem quiser descrever a lista dos fortes, faça favor.






 Daqui apontamos ao forte da Carvalha. Foi por aqui que iniciamos trilhos novos. Alguns interessantes e voltaremos lá.




 Da Carvalha fomos até ao Sobral de Monte Agraço. E neste segmento voltamos a fazer uma aproximação ao Alqueidão e descobrimos novo single track. Não o fizemos todo mas também lá voltaremos.












 Na zona de Seramena andamos um pouco perdidos. O track entrava em propriedade privada e obrigava a alternativas criativas que nos fizeram descer um terreno lavrado até ao rio.


 Retomado o trilho, chegamos à Feliteira. Este local também é conhecido por isso, aproveitamos para refrescar um pouco. Pelo menos haviam umas mesas e só faltava o petisco. Grande João que logo encontrou uma mercearia e sacou um queijo e 2 papo secos. E para empurrar umas barritas de cereais. Tudo isto trazido ás costas do nosso aguadeiro que conseguiu o feito de as trazer fresquinhas.



  Ao caminho que se faz tarde. Agora havia que subir uma descida que atravessa uma vinha e que habitualmente fazemos a descer. Olhem que é daquelas que sobem lentamente e nunca mais acabam. Mas as vistas valiam a pena.


 Em animada conversa com o Hugo sai uma daquelas enquadradas no contexto flores. À e tal…outro dia estava a ver um chefe no 24kitchen a cozinhar e que recorria muito a flores comestíveis. Uma vez também comi umas, mas estava muito bêbado. Hugo – Estavam a decorar o prato? EU – Não, estavam a fazer de centro de mesa . Acho que só não caímos porque estávamos meio adormecidos.

 Chegado ao topo, junto á Portela do Bispo, contornamos a encosta e daqui até Torres foi quase tudo novo.

 Esta subida... amigos é daquelas que nem de mota... e o Rosa lá foi... sem parar...
 A conquista do Castelo
 A homenagem ao Joaquim Agostinho
 No parque de Torres Vedras



 A Serra do Socorro ali à vista

 A A8 lá em baixo


 E a descida que nos conduziu de volta a Pero Negro.
 Acabamos por volta das 18.30. Não fizemos o Forte de São Vicente por responsabilidade minha e do meu mau feitio. Desculpa Rosa, hoje olhando para trás, devia ter ido na tua conversa. E não fizemos a subida ao Socorro. Desculpa Rosa mas essa já não tinha pernas para te acompanhar.

Há, é verdade, Leonel faltaste tu.

Editado

track GPS Linhas de Torres
GPX: https://drive.google.com/open?id=0Bwewnif7MopiWGRiRi1ZLVpOQ2s&authuser=0
KML: https://drive.google.com/open?id=0Bwewnif7MopiQk9teHJsTXhqeWs&authuser=0

Abraço
Pirex