Nok Nok
Está alguém?
Talvez…. Olá! O dever é mais forte e na verdade foi com
grande surpresa que verifiquei o entusiasmo que uniu este grupo nestes últimos dias.
Como podem ver, há muito tempo que ninguém aqui vinha, nem
para ver nem para escrever. A malta prefere outras redes sociais por que ficam
na ponta do dedo, mas eu continuo a acreditar nesta. Um dos motivos é que
permite a outros que procuram o mesmo ter referências e eventualmente mais
tarde replicar as aventuras que partilhamos. Por isso aqui vai (só vê quem
quer).
Ora num dia destes, o Hugo que está forte… muito forte
(deixou de ser o leitãozinho sem olhos) desafiou / convidou o pessoal da Galega
para voltar a Albergaria. Desta vez já tinha um plano na cabeça. A Rota dos
Moinhos (pesquisem na net).
Conversa para trás e para a frente e lá apontamos a data. Desafiámos
mais uns quantos tresmalhados e todos imbuídos do desejo de desconfinar tiramos
as bikes do baú, lavamos as mesmas e pusemos óleo.
Na verdade, não foi muito difícil, havia outro desafio.
Leitão. Até chegou a ser alvitrado que nem era preciso pedalar… bastava malhar
o bicho. Já lá vamos.
Discutidas as opções, o Hugo lá desenhou o percurso depois
de muitas horas sem dormir. O trilho traçado tinha um pouco mais de 70Kms, com
1700 metros de acumulado. Com início em Albergaria-a-Velha, passava por Ribeira
de Fráguas; Vilarinho São Roque; Silva Escura; Sever do Vouga: Barragem da
Paradela; Paçô; Paradela; Sernada do Vouga; Valmaior e regresso ao ponto de
partida. Estava previsto começar pelas 09.00 e acabar pelas 17.00.
Mas nem tudo se passa no trilho. Normalmente a aventura
começa na véspera! Nem vos passa pela cabeça o difícil que é reunir consensos.
Bem, estou a exagerar, pessoas com bom senso sabem. Acertar uma hora de saída,
quem vai com quem, que carros, onde se come, o que se bebe, onde se dorme ás
vezes são temas desgastantes, mas imaginam lá… a malta ia mesmo pedalar…
Para variar a malta da Galega organiza-se à volta do reboque do Zé. Vejam lá a maravilha:
Chegados a casa do anfitrião, fomos logo para a cozinha pois havia uma chouriça; uma farinheira da lavra do sogro do Vasco; uns chouriços de porco preto e queijo da ilha para acompanhar um pão da Presinheira e umas garrafitas de vinho. Claro que isto era para a ceia (23.00).
Conversas em dia, tudo malhado, loiça lavada e arrumada toca
a dormir que o despertar vai ser madrugador e doloroso.
Estavam confirmados 9 trincas. João Gonçalves, desculpa lá mas tu já fazes parte disto. Para além deste convidado de honra, veio também o Alex. Que máquina estas em cima da bike! Depois um estreante, o Vasco. Homem, o que mais me espantou foi a capacidade de sofrer (acho eu, ou então que estava à rasca era eu). Não vale a pena fazer outras referencias sobre este personagem pois enquanto figura publica merece o devido resguardo. Um abraço especial ao Trinca Tudo pela grande recuperação que está a fazer! Os outros somos mais regulares por estas bandas, mas a eles obrigado por me aturarem: João; Nuno; Zé; Hugo!
Aqui vamos nós. Depois de um cafezinho com sotaque a Venezuela,
fomos para o jardim da CM de Albergaria para a foto da praxe e o briefing do
dono da volta.
A primeira parte desta volta, conforme referi, estava centrada
na rota dos moinhos. Este segmento não prometia dificuldades. Tem cerca de 15
kms. Coisa para se fazer numa hora mais ou menos. Surpresa, grande parte não é clicável.
Logo foi preciso andar com as bikes às costas. Portanto acabamos por “investir”
toda a manhã nesta parte. Podia ter dito “perdido” mas na verdade foi dos
percursos mais bonitos que já fiz na minha vida e por isso vou me calar e deixar
as imagens que revejo e que ainda me enchem a alma:
Do alto foi possível ver o Caramulo, a Estrela e a Ria de
Aveiro. Se calhar dava para ver outras coisas, mas se quiserem saber vão lá!
Depois da descida veio um dos momentos do dia. O Zé, rapaz
poupadinho nas pastilhas, de tanto travar deitou fogo à bike. Na berlinda por
causa do seu sentido apurado de negociante ao antecipar falta de abastecimento.
Enfardou a mochila e andava a vender sandochas e bananas a 5 euros. Claro que as
oportunidades de negócio são assim mesmo. Mas não tinha pastilhas e como sabem
travões de disco precisam destas. Sai o Brites, este grande negociador e saca da
transação do dia. Troco pastilhas usadas por uma sandes de queijo… derretido…
Devíamos estar com uns 45kms e a descontração fez com que perdêssemos
o trilho. Umas voltas para cá e para lá e depois de algum tempo a analisar o
percurso foi decidido andar em paralelo ao trilho.
Nesta altura já estava tudo ansioso por barritas de cereais
e ninguém descansou enquanto não encontramos um café.... eram 5 da tarde...
Amendoins, batatas fritas tudo servia para repor os níveis de sal.… e líquidos.
Não tenho mais imagens destes momentos, lamento! Mas foram suficientes para renovar as forças e atacar a subida até Sever do Vouga. Descida para Paradela e a partir daqui foi rolar ao longo da ecovia, quase sempre junto ao Rio Vouga até à praia de Sernada do Vouga. Paragem para alguns banhos e retoma da marcha pois o Leitão já ansiava por nós.
Nada mais de relevante, mas deixei para o final, os dois
momentos do dia e que fizeram parte deste trajeto:
Cascata de Filveda
Cascata de Cabreia
E finalmente o pretexto para a volta:
Obrigado companheiros pela vossa companhia neste dia fantástico!
Abraço do Pirex