30 junho 2020

Rotas dos Moinhos à moda dos Trincas

Nok Nok

Está alguém?

Talvez…. Olá! O dever é mais forte e na verdade foi com grande surpresa que verifiquei o entusiasmo que uniu este grupo nestes últimos dias.

Como podem ver, há muito tempo que ninguém aqui vinha, nem para ver nem para escrever. A malta prefere outras redes sociais por que ficam na ponta do dedo, mas eu continuo a acreditar nesta. Um dos motivos é que permite a outros que procuram o mesmo ter referências e eventualmente mais tarde replicar as aventuras que partilhamos. Por isso aqui vai (só vê quem quer).

Ora num dia destes, o Hugo que está forte… muito forte (deixou de ser o leitãozinho sem olhos) desafiou / convidou o pessoal da Galega para voltar a Albergaria. Desta vez já tinha um plano na cabeça. A Rota dos Moinhos (pesquisem na net).

Conversa para trás e para a frente e lá apontamos a data. Desafiámos mais uns quantos tresmalhados e todos imbuídos do desejo de desconfinar tiramos as bikes do baú, lavamos as mesmas e pusemos óleo.

Na verdade, não foi muito difícil, havia outro desafio. Leitão. Até chegou a ser alvitrado que nem era preciso pedalar… bastava malhar o bicho. Já lá vamos.

Discutidas as opções, o Hugo lá desenhou o percurso depois de muitas horas sem dormir. O trilho traçado tinha um pouco mais de 70Kms, com 1700 metros de acumulado. Com início em Albergaria-a-Velha, passava por Ribeira de Fráguas; Vilarinho São Roque; Silva Escura; Sever do Vouga: Barragem da Paradela; Paçô; Paradela; Sernada do Vouga; Valmaior e regresso ao ponto de partida. Estava previsto começar pelas 09.00 e acabar pelas 17.00.

Mas nem tudo se passa no trilho. Normalmente a aventura começa na véspera! Nem vos passa pela cabeça o difícil que é reunir consensos. Bem, estou a exagerar, pessoas com bom senso sabem. Acertar uma hora de saída, quem vai com quem, que carros, onde se come, o que se bebe, onde se dorme ás vezes são temas desgastantes, mas imaginam lá… a malta ia mesmo pedalar…

Para variar a malta da Galega organiza-se à volta do reboque do Zé. Vejam lá a maravilha:

Chegados a casa do anfitrião, fomos logo para a cozinha pois havia uma chouriça; uma farinheira da lavra do sogro do Vasco; uns chouriços de porco preto e queijo da ilha para acompanhar um pão da Presinheira e umas garrafitas de vinho. Claro que isto era para a ceia (23.00).

Conversas em dia, tudo malhado, loiça lavada e arrumada toca a dormir que o despertar vai ser madrugador e doloroso.

Estavam confirmados 9 trincas. João Gonçalves, desculpa lá mas tu já fazes parte disto. Para além deste convidado de honra, veio também o Alex. Que máquina estas em cima da bike! Depois um estreante, o Vasco. Homem, o que mais me espantou foi a capacidade de sofrer (acho eu, ou então que estava à rasca era eu). Não vale a pena fazer outras referencias sobre este personagem pois enquanto figura publica merece o devido resguardo. Um abraço especial ao Trinca Tudo pela grande recuperação que está a fazer! Os outros somos mais regulares por estas bandas, mas a eles obrigado por me aturarem: João; Nuno; Zé; Hugo!

Aqui vamos nós. Depois de um cafezinho com sotaque a Venezuela, fomos para o jardim da CM de Albergaria para a foto da praxe e o briefing do dono da volta.


A partir daqui foi… foi o costume… estamos fora do trilho… rotunda… quem é que ficou para trás? Onde estão as jolas? É melhor encurtar a volta…. Mais valia termos ficado a comer o Leitão… enfim… só quem por lá anda é que sabe!

A primeira parte desta volta, conforme referi, estava centrada na rota dos moinhos. Este segmento não prometia dificuldades. Tem cerca de 15 kms. Coisa para se fazer numa hora mais ou menos. Surpresa, grande parte não é clicável. Logo foi preciso andar com as bikes às costas. Portanto acabamos por “investir” toda a manhã nesta parte. Podia ter dito “perdido” mas na verdade foi dos percursos mais bonitos que já fiz na minha vida e por isso vou me calar e deixar as imagens que revejo e que ainda me enchem a alma:









Depois disto vinha a conta. Sim a dolorosa. Havia que subir e para quem viu o briefing a promessa era que seria durinha…


Do alto foi possível ver o Caramulo, a Estrela e a Ria de Aveiro. Se calhar dava para ver outras coisas, mas se quiserem saber vão lá!

 

Depois da descida veio um dos momentos do dia. O Zé, rapaz poupadinho nas pastilhas, de tanto travar deitou fogo à bike. Na berlinda por causa do seu sentido apurado de negociante ao antecipar falta de abastecimento. Enfardou a mochila e andava a vender sandochas e bananas a 5 euros. Claro que as oportunidades de negócio são assim mesmo. Mas não tinha pastilhas e como sabem travões de disco precisam destas. Sai o Brites, este grande negociador e saca da transação do dia. Troco pastilhas usadas por uma sandes de queijo… derretido…

Devíamos estar com uns 45kms e a descontração fez com que perdêssemos o trilho. Umas voltas para cá e para lá e depois de algum tempo a analisar o percurso foi decidido andar em paralelo ao trilho.

Nesta altura já estava tudo ansioso por barritas de cereais e ninguém descansou enquanto não encontramos um café.... eram 5 da tarde... Amendoins, batatas fritas tudo servia para repor os níveis de sal.… e líquidos.


Não tenho mais imagens destes momentos, lamento! Mas foram suficientes para renovar as forças e atacar a subida até Sever do Vouga. Descida para Paradela e a partir daqui foi rolar ao longo da ecovia, quase sempre junto ao Rio Vouga até à praia de Sernada do Vouga. Paragem para alguns banhos e retoma da marcha pois o Leitão já ansiava por nós.






Nada mais de relevante, mas deixei para o final, os dois momentos do dia e que fizeram parte deste trajeto:

Cascata de Filveda

Cascata de Cabreia




Vão lá e vejam com os vossos olhos 😊!

E finalmente o pretexto para a volta:

Obrigado companheiros pela vossa companhia neste dia fantástico!

Abraço do Pirex



01 junho 2017

O regresso das cerejas

Olá amigos. Parece que já não nos falamos à algum tempo. Não estamos desaparecidos, apenas FBzados… Deve ser uma questão de visualização ou de jeito, mas eu prefiro deixar aqui as minhas experiências com este grupo.
Fez no passado mês de maio, 2 anos desde da última volta que fizemos às terras da Gardunha. Por isso fazia todo o sentido retomar esta tão famosa volta. Acima de tudo pelo conceito / objectivo: comer cerejas.
Acertada a data, mas presença menos presença, lá responderam à chamada 8 Trincas. Um deles foi adoptado, é um cão guia. Estiveram o João Gonçalves, o Rui, o Hugo, o Luís, o Nuno, o Zé, o João Pires e o Carlos.

 Mais de metade decidiu ir na véspera. Sempre se dorme melhor e podemos dar início aos preparativos com alguma antecedência. A base voltou a ser no parque de campismo do Fundão. Têm excelentes condições e um enquadramento paisagístico ímpar. Existe um restaurante e estava previsto realizar neste os petiscos habituais, mas a senhora que gere a cozinha estava doente e houve que recorrer ao plano B.
 Assim na véspera, o jantar teve que ser improvisado. Nada como uma passagem no PD da zona e levar uns frangos com os acompanhamentos habituais. Nessa noite e depois do repasto e montagem do bivouac, decidimos descer a pé até ao Fundão para um café. E foi precisamente nessa descida que tomamos o primeiro contacto com aquelas adoráveis bolas de fruta vermelhas. Retorno ao parque para fazer as boas vindas ao Hugo e família, dois dedos de conversa e dormir que no dia seguinte havia muita pedra para trincar.
 27 de Maio. O dia chegara e conseguimos uma alvorada tranquila. Os que vinham de Lisboa, já estavam a caminho desde cedo. Fizemos os preparativos com calma e juntámos as tropas.

 Houve falhas na organização. Faltou o briefing.  O nosso convidado, o adoptado cão, podia ter perguntado. Mas eu percebi logo que ele queria mesmo era despachar a coisa. Estava a destilar algo que o perturbava um pouco...
Tretas à parte, óleo nas correntes e aqui vamos nós.
 Finalmente... aqui estão elas



 Reagrupar novamente...


 Olhem só os lambões... ainda levam chumbo...



 Chegada a Alcaide. Dizia um Trinca entendido em estruturas que a torre estava a cair,,, Oh Rui, cai a torre, o Bispo e a Rainha... só ficam os peões :)

 Festa do cogumelo mágico



 Os Trinca nos Açores


 Os Trinca Javali..... Oh Tânia, como era mesmo aquela coisa com Javali?
 Junto ao glamping
 Adorei esta descida



 Aqui houve malta que se desviou. Não percebo porque, Até porque aqui nem havia cerejas.
 Contudo foi das melhores paisagens do dia. Gostei.






 A partir daqui foi sempre a descer até chegar a Castelo Novo. Para quem não conhece, aqui fica a dica http://www.aldeiashistoricasdeportugal.com/castelo-novo





 Reabastecer com água do Alardo, um luxo :)

 E como todos sabem, o que desce têm que subir. Lá iniciamos, a muito custo, a subida.






 Nesta foto só se consegue ver os Trinca Gelados. Estávamos em Casal da Serra. Alguém falou em jolas?


 "espera aí que tenho um cena no sapato..."
 O rui no meio das flores.... não vás ao médico não...






 Acabou, estou todo mamado mas de sorriso nos lábios.

Depois dos alongamentos, fomos jantar (a pé para esticar as pernas). Cabrito e vazia, grelhados no carvão. batatas assadas, couves salteadas. Tudo coisas boas. Sobremesas com cerejas (já ninguém podia com elas).

Ah, sim, falta a referencia às cerejas. Muitas, boas. de todas as cores e castas. Foi um dia para tirar a barriga de misérias. Agora vou juntar os caroços para fazer almofadas.....

Abraço e até breve
Pirex