31 julho 2014

Sesimbra, Arrábida, Setúbal e Palmela

Agora que já viram as fotos, uma historinha de pedalar :)

Isto podia se chamar plano B, mas sinceramente era menosprezar o que se passou no sábado passado. Vamos um pouco atrás. A data estava definida e havia várias ideias no ar. Aos poucos fomos atirando para o ar o destino como sendo a Serra da Estrela. Contudo a logística estava a trazer alguns engulhos. Ora ficávamos em Gouveia,  ora em Valhelhas... Ora o percurso era a norte da serra ora era no meio do vale glaciar. Uns podiam ir na sexta ao fim do dia outros queriam ir no sábado de manhã. Pouco consenso excepto no facto de que fazer 600 kms de carro mais uns 60 de bike não estavam a deixar o grupo confortável. Sugeri virar o destino para a Arrábida e parece que ainda fomos a tempo.
Mesmo em cima da hora foi muito interessante ver a capacidade que tivemos para mudar tudo. Literalmente tudo. Imaginem que até para o jantar havia 2 hipóteses e acabamos por ir para uma 3 e ainda por cima a vários kms de distância.
Feito este enquadramento vamos à volta.
Estacionamos junto ao quartel dos bombeiros de Sesimbra. Mais uma vez o nosso agradecimento pela disponibilidade em nos ceder os balneários. Saímos direitos à marginal e rapidamente começamos a interminável subida que nos leva para o topo e que nos brinda com uma magnífica vista.
Devagar e em amena cavaqueira começámos a contornar a pedreira. Já em plena serra da Arrábida chegamos a um miradouro que só é acessível em off road. Mas a vista estava tapada por um tremendo nevoeiro matinal.
Este prometia frescura mas assim que se dissipou foi um sol abrasador que nos acompanhou pelo resto do percurso.
Deixamos o nível mais alto para embrenhados em single tracks atingir o vale do lado contrário ao mar. Atravessamos uma planície e metemos pela mata adentro em trilhos fabulosos cercados de vegetação e tão sinuosos que o divertimento foi total. Chegamos a umas palmeiras. Numa curva ja perto de Setúbal onde as pessoas se juntam para churrascadas e fizemos uma paragem para ingerir algumas barras de cereais.
Por ali estivemos um pouco. Tempo suficiente para recuperar. Daí metemos pela estrada e subimos até à fortaleza de Setúbal.  São Rafael se não me falha a memória. Aqui dentro há um hotel com uma vista deslumbrante sobre o sado. Mas o acesso faz-se por um pórtico seguido de uma escadaria em pedra com degraus bastante largos que acabam por ser um desafio à sua transposição montados. E lá fomos alguns de nós tipo putos a ver quem conseguia alcançar o topo. Foi o momento "especulativo" da volta. Uns dizem que caiu, outros que não. Outros ainda falavam em mais um truque novo que o artista tinha na manga. Eu não sei. Estava com a câmara na mão e ela disparou sozinha. Acho que se quisesse não conseguia captar o momento. Ouvi dizer que o artista contratou uma agência de comunicação para fazer passar uma versão politicamente aceitável do que se passou. Esta no fb. Daí metemos a caminho e passamos dentro de Setúbal.
Fizemos algumas rotundas e fomos à procura da subida para as antenas. Subimos em estradão parando aqui e ali nas sombras disponíveis. Agrupamos e o trinca tudo avisou que a descida era brutal. Não fazia parte do percurso planeado mas era um must. Como eu já o conheço bem, nem pensei 2 vezes, apontei o guiador e toca a descer. Terminado o primeiro sector parei entusiasmado para filmar os que vinham atrás. Mas mal sabia eu que aquilo continuava por ali fora. Toca a descer. Só vos digo uma coisa: kenda é um nome a reter. Depois de algum trabalho de braços la fomos chegando ao fim e era ver a cara de todos. Sorrisos abertos, cheirava a adrenalina. Tenho um amigo, um tal de Tremoceiro que dizem gostava destas coisas. Não sei dele.
Estava na hora de tomar um café.  Mas não havia nenhum perto. Solução,  continuar e subir a "cobra". Um estradão que serpenteia pela encosta virada para o mar e que sobe até à vila de Palmela. Ora isto funciona melhor para uns do que para outros mas no fim todos lá chegam. Visita ao castelo, fotos da praxe e toca a descer para iniciar o regresso. Paramos num restaurante junto à rotunda principal. Comemos, bebemos, reabastecemos, descansamos e voltamos ao caminho.
Daqui para frente fomos num ritmo mais lento para que ninguém ficasse para trás.  O trilho seguia uma cumeada com moinhos de vento. O ponto forte já foi descrito noutro post. Um tal de fio dental. Sabem. Um dia destes vamos ter uma gopro. Nessa altura vamos poder mostrar o que estas coisas significam. Aquilo até faz sorrir quem está de rastos. A partir daqui foi rolar pelo caminho mais tranquilo com direito a paragem em Azeitão.
Se estão lembrados do inicio, isto foi o plano B. Já o jantar foi plano C. As soluções previstas não aceitavam reservas, situação que não é aceitável para um grupo de malta que acaba de pedalar 80km e mata por uma refeição decente com devido convívio associado. Assim acabamos por jantar um rodizio de peixe, mas desta vez devo um pedido de desculpas à malta pois a coisa não correu tão bem como eu esperava. Por mim valeu parte do peixe que estava bem grelhado e o choco frito. Um abraço especial ao João Gonçalves que veio sozinho de propósito, desde Torres Novas, para nos acompanhar e ao Pedro Santos que surgido do nada, voltou a pedalar connosco. Obrigado a todos pela companhia e um dia bem passado.

Abraço
Pirex

29 julho 2014

Arrábida - A Conquista dos Três Castelos,

Para completar a reportagem, deixo algumas das fotos que tirei. e  o link com os dados da volta: http://connect.garmin.com/activity/551608630#

Não posso deixar de salientar que os dados da volta não contemplam a subida ao Castelo de Sesimbra,  feita apenas por alguns dos Trincas!.