O desafio foi aceite. Descer o trilho dos cornos do diabo.
Mais uma vez, houve reunião bem-sucedida entre os Trinca Pedras e o Btt
Almonda. Ao todo eramos 11 valentes.
A volta foi desenhada pelo Marchão com a aprovação final do
Brites e apesar de ter sido traçada no Google maps, estava bem pensada. O Objectivo
passava por 60 kms. Acabamos por não fazer tudo porque o acumulado fez moça e
com alguns imprevistos, decidimos encurtar para que pudéssemos disfrutar em vez
de sofrer mais.
Saimos de Seia em direcção a São Romão, por estrada. Logo de
seguida entramos na terra e fomos descendo até à praia fluvial do Rio Alva, que
atravessamos em ponte Romana. Depois foi sempre a subir até Valezim. Esta parte
foi um verdadeiro inferno. A terra estava toda queimada e porque não havia
vegetação, o vento soprava forte e passava por nós em verdadeiros remoinhos
carregados de poeira e cinza. De tal forma que ficamos todos pretos.
Mas assim que deixamos a zona de incendio, começou uma
paisagem verde e magnifica que acabou num pequeno trilho que serve as hortas de
Valezim e que foi delicioso.
Depois fomos em direcção à Lapa dos Dinheiros. E aqui
fizemos uma descida muito inclinada até à central electrica dos Jugais era a
Cascata da Caniça. Mas o GPS fez das suas e andamos de rotunda em rotunda, no
meio das hortas, à procura do trilho e nada. Voltamos para trás e subimos até à
Lapa dos Dinheiros. Ia desfalecendo. Foi preciso reagrupar, descansar, comer e
tomar um cafezinho.
Avaliamos a situação e reajustamos o percurso. Seguimos até
à praia fluvial desta terra. Depois voltamos a subir para nos dirigir aos
cornos do diabo. Tenho a dizer que até aqui estava tudo controlado, mas ninguém
esperava não encontrar a passagem secreta que faz o acesso a este local.
Depois de alguma confusão acabamos a descer uma encosta
bastante inclinada, com as bikes ás costas e onde na maior parte das vezes
havia que conjugar esforços e à medida que se descia, passávamos as bikes ao
parceiro da frente para poder descer uns metros.
Foi uma confusão danada. O Brites chegou primeiro ao trilho,
não porque descesse melhor como faz com a bike, mas porque ia à frente, feito
batedor. Responsabilidade que lhe ficou bem como organizador. Assim, acabou por
filmar o cenário e acho que vai publicar no seu facebook, por isso fiquem
atentos.
Infelizmente o Marchão escorregou e largou a bike para se
agarrar a uma pedra. Com isto a bike deve ter batido nalgum ponto fulcral
ditando a sorte futura.
Lá nos juntamos todos. Uns tiraram a roupa para tomar banho,
outros lavaram-se e refrescaram-se e lá nos recompusemos. Ainda houve
necessidade de tratar duns pneus mas acho que esta parte merece uma formação
futura.
Com isto o grupo sofreu algumas separações pontuais ditadas
pelos acontecimentos. O tuga e o Roque, avançaram sem medos para o trilho. Eu fiquei
com o Brites, o João e o Marchão e para trás ficaram os outros 5. Na nossa saída
e mais ou menos 50 metros depois, ouvi uns gritos. Tinha acabado de fazer um
cotovelo e olhei para trás a tempo de ver o marchão a pegar em duas partes da
bike. Fui ter com eles. Diz o Brites que vinha atrás deste que foi por pouco
que não caiu, ou para a valeta (levada de água, com 1 metro de fundo e quase
outro de largura) ou para a ribanceira que o levaria a uma queda brutal. Isto está
filmado.
Felizmente o Marchão safou-se. Lá cozemos a bike com umas
braçadeiras plásticas para lhe permitir levar a bike à mão pelos cerca de 6 kms
até à estrada. Foi aqui que decidimos encurtar a jornada. Havia que ir buscar
um carro para apanhar o Marchão e companhia para regressar à base. Seguimos
então os 3 (deste pequeno grupo) e fomos apanhar o Tuga e o Roque na passagem
para o canal, que comtemplavam a montanha. E de facto olhando para trás, ficava
nítida a natureza bruta daquele local.
Chegados à Senhora do Desterro, fomos ver a Cabeça da velha
e voltamos para trás para pegar na estrada e regressar a Seia.
A partir daqui foi esperar que o resto do grupo regressa-se
e estes últimos ainda tiveram oportunidade de acabar por terra, atalhando para
ir ao nosso encontro.
Mais uma vez, contamos com a colaboração dos Bombeiros de
Seia que nos cederam os balneários para os banhos. O nosso agradecimento.
Depois fomos jantar à Quinta do Crestelo, onde encontramos
um belo repasto, digno destes valentes. Bem quase todos porque há uns que acham
que só com facturas é que o pais anda para a frente. Mas isso fica para o Zarolho.
Eu gostei muito da volta e da companhia e quero agradecer
publicamente ao Roque por me dar guarida na sua caravana. Roque aquilo é do
caraças.
Vamos atravessar aquilo tudo
Praia Fluvial do Rio Alva
Ponte Romana
chegada ao inferno
olhem o diabo à solta
tudo queimado...
"... ninguém me liga nenhuma..."
Espectáculo
Magnifico
preciso mudar as pilhas ao GPS
Quem é que subiu Montado???
Olha o Roque a mete-los de molho ...
Lava lá os pés...
"... isto é lindo..."
Olhem o trilho ali em baixo
Nova vertente do BTT, Btt Montanhismo...
"...Então não vínhamos para pedalar..."
Os Cornos do Diabo
A encosta que descemos com as bikes à mão
O trilho dos cornos do Diabo
O Jantar na quinta do Crestelo
Venha a Próxima. Abraço a todos
Pirex