27 setembro 2009

Forte do Alqueidão em Set de 2009

E seguindo a frase: O que aconteceu no Gerês fica no Gerês e depois do último Trinca-Extreme, voltamos á normalidade. Os da Galega reuniram-se para mais uma jornada com o nosso convidado especial, o Trinca-Tudo. É verdade, o homem morde tudo o que lhe aparece á frente. Nunca vira costas a um desafio sobre 2 rodas.
Saímos do sítio do costume ás 08.00 e o dia prometia. A vontade, essa é que não era muita como se viu pela indefinição da rota a tomar. Decidimos recuperar trilhos antigos e tomar decisões na altura conforme a nossa vontade.
Com isto acabamos por rumar ao forte do Alqueidão onde encontramos alterações no terreno. Existe lá uma rota de pedestres que leva os caminhantes ao forte. Esta, estava ladeada por vegetação até há pouco tempo e agora está ladeada por um estradão que tudo indica servirá a nova estação arqueológica que abriu no topo. Aproveitamos para confirmar as direcções. Via-se a serra de Montejunto e a serra do Socorro.
A partir daí fomos procurar nozes num caminho perto da serra de Alrota e como não vimos oferta interessante, avançamos. Por ai seguimos e demos de caras com uma figueira de figos mel. Ora lá teve que ser eh eh eh.
Descemos quase até Bucelas e desta vez subimos um single track, que normalmente usamos a descer, até á estrada e regressamos a casa.
Chegamos ás 11.50 e fizemos 45kms. Sabíamos que tínhamos subido alguma coisa mas pensávamos que não passaria dos mil metros.
Agora para quem lá esteve: Malta, fizemos 1350 m de acumulado, nada mau, hein?
Bom, o resto foi para quem lá esteve. Deixo as imagens da ordem:











Agora junto o grafico da voltinha.



Abraço
Pirex

22 setembro 2009

A estatistica dos Trinca Pedras no Gerês - 19 Set. 2009

Já tive de ouvir o Grande Chefe Pirex por não colocar as estatísticas on-line. Não quero desiludir o homem, especialmente depois dos azares que ele teve nas descidas e, ainda mais importante, de nos ter tratado tão bem com os seus petiscos.


Como grande parte do percurso foi em Espanha aqui vai ele analisado por espanhóis.


Nota: o acumulado até não foi tanto como parecia, 1745m, foi é servido em duas doses quase únicas e por isso doeu tanto.


Grande abraço

João T

21 setembro 2009

A história do Xurez contada pelo fim do pelotão ….

Pois é … a malta dos Trinca lá se meteu em mais uma aventura rumo à terra de “nuestros hermanos”, passando do “nosso” Gerês … para o Xurez “deles” …. embuídos de um espírito de conquista, não de Espanha .... mas dos nossos limites, da natureza, de espírito de grupo, pelos nossos prazeres e pelo nosso bem estar! …

Bem … opto pelo relato da cauda do pelotão pois outros Trincas já se encarregaram do relato “da frente” e assim ouvimos todas as “versões” da estória .. o que as torna mais interessantes, mais ricas e mais verdadeiras!!!! Pois é … é que isto não é só beleza e paisagens deslumbrantes, BTTistas atléticos e máquinas voadoras …. existem aqueles que têm que ser corajosos ao ponto de saberem que terão de fazer quilómetros com a bike à mão …., que quando chegam ao pé dos outros, com o “ego em alta” e sentimento de vitória – tentando “saborear” ao máximo os seus momentos de glória - ouvem logo em tom “corrosivo” e ameaçador: “vamos embora!” ou “tamos aqui há séculos” … enfim …. somos uns valentes!

Aqui vai .. saímos dos nossos aposentos - com “n” estrelas (no céu), assoalhadas arejadas, com vista de serra, alimentação diversificada e requintada (um abraço ao nosso “chef” Pirex) - com uma humidade a “enregelar os ossos”, mas com o ânimo em alta e o nervoso miudinho de quem vai fazer algo que se vai orgulhar … primeiros kms a rolar todos juntos, ligeiramente a descer pela Mata de Albergaria, rodeados de pinheiros, abetos e carvalhos ….. passando por troços da antiga via romana “Bracara Augusta … Agostina qq coisa” … montados nos nossos “cavalos luzidios ainda frescos”. Chegados à Portela do Homem e à fronteira foi hora das fotos da praxe e começaram a surgir os avisos “vamos ter que subir isto e aquilo”, “podemos fazer esta volta que chegamos aqui, mas é só para a malta que se aguentar” … fomos andando mais uns kms e percebendo que já há muitos companheiros BTTistas por estas bandas e a percorrer estes trilhos … cruzámo-nos com alguns grupos, uns já montados nas bikes, outros a “mostrar” as bikes …- há malta em que a bike é a extensão do “xxxx” …. condição humana!?!

… começámos a subir já em terras de “Xurez”, estradões ao meu gosto, andando razoavelmente …. mas a deixarmos de ver nas rectas mais curtas os “acelerados” da frente, íamos na conversa e usufruindo da paisagem … quando a máquina do Brites nos deixou “irremediavelmente” na cauda do pelotão …. é o preço da tecnologia ……Ficámos partidos a meio (Alex, Bruno, João T, Hugo, Brites e eu cá atrás e a malta dos TPO já iam para a frente (aqueles gajos têm de deixar de treinar a meio da semana!!!Pode ser que agora com a aproximação dos dias mais frios). Problema parcialmente resolvido (mais à frente, voltaria a chatear) e fizemos uns kms dos que me deram (e acredito que ao resto da malta da cauda tb) mais prazer … estradões, paisagens deslumbrantes dos picos do Xurez, a andarmos agradavelmente na conversa em direcção ao trilho “sempre a descer durante seis kms” … que era um “espectáculo!” . Quando o avistámos cá de cima e vimos malta lá em baixo o Hugo disse “Tiago, eu vim de propósito de Lisboa para fazer aquilo!!!” … foi a piada do dia … mal ele sabia ….

Antes de entrarmos no célebre trilho “Minas das sombras” ainda parámos na fonte .. julgando que estavam lá os TPO … mas não, os rapazes estavam cheios de vontade!! Entrámos no trilho com o Alex e o Brites a avisarem que era duro e às vezes perigoso, para termos atenção. Os menos afoitos nestas coisas dos trilhos e mais conscientes quanto ao seu cabedal deram lugar aos “pepe rápidos” … assim o João T, eu e o Bruno encerrávamos o grupo …. nem 30 metros … primeiro “aviso” do trilho … Hugo “voa” entre as pedras …. felizmente com poucos danos …. E durante uns bons dois quilómetros aquilo de trilho tinha pouco … devia chamar-se “puzzle de pedras” ou “de pedra em pedra” …..foi mais o tempo com a bike à mão que de cima dela … passados mais uns metros … segundo “aviso” do trilho: segunda queda do Hugo! Esta com direito a risada …. (ver post do Brites), mais umas centenas de metros e nós continuávamos com a bike de um lado … e a ravina do outro! O Bruno, cada vez em maiores dificuldades, a ficar mais atrasado … num local de espera do grupo (O Alex já tinha fugido entre as pedras! Vejam lá que no fim soubemos que não saiu da bike no trilho todo! Ou tem asas … ou airbags na bike … ) confessava que “não gostava de alturas!?!?” É um tipo corajoso!

Lá chegámos ao final da primeira parte do trilho, já em cima da bike no último km, encontrando a malta dos TPO a descansar, já depois de alimentados e com o João quase a dormir … e lá veio a célebre frase …..”vamos embora?” ….sem comentários!!

Começámos a segunda parte do trilho animados por ser a descer e a grande velocidade em cima da bike (para variar!), pois o piso já o permitia, quando o Hugo (sim .. o Hugo voltou a cair) e desta vez o Pirex foi duplamente solidário. Mais uma vez, sem grandes mazelas físicas, mas a bike do Hugo começou a queixar-se e a maneta das mudanças deixou de funcionar a 100%.

Terminámos o trilho na aldeia fantasma de Lobios já agrupados. O trilho devia ser caracterizado por “seis kms sempre a descer na ravina, metade dos quais com a bike ao lado”, mas a malta que já conhecia omitiu a segunda parte da frase …. para não desanimar! Não … valeu, especialmente pela paisagem deslumbrante!

Agora estávamos junto ao Rio Caldo, no ponto mais abaixo do nosso percurso. Teríamos que subir 800 metros! Depois de acalorosa discussão sobre qual o percurso a seguir: optámos pelo “melhor” …. imaginem como seria o outro? …. metemo-nos a caminho .. os primeiros metros fizeram-se bem, em estradões com inclinação suave, em cima das bikes, mas a começarem a verificar-se as “mossas no grupo” … e cá ficaram os do costume para trás … curva após curva, tem uma certa graça ver o colorido das camisolas lá em cima, vendo quem vai melhor … aquele é o Alex, o Brites, ali vai o Pirex …. o pior é que parece que a nossa bike não sai do mesmo sítio e na curva seguinte já vimos menos um ….é um pouco só …. porreiro é quando ganhamos o nosso ritmo e vamos (pelo menos) com um companheiro .. foi o que me aconteceu, sensivelmente a meio, com o João da Galega e lá fomos os dois, curva após curva …. olhando para trás víamos o Hugo e o Bruno em dificuldades.

Chegámos ao fim …pensei ingenuamente … quando após uma curva vimos os adiantados à espera …. E foram aqueles instantes de glória … Consegui! Cinco estrelas!

… estávamos apenas a meio da subida.

Lá seguimos, com o Hugo de tal forma moído das quedas e da dureza do percurso, que chegou a dizer “Vou chamar o meu carro de apoio …. E desço e apanha-me. Viste porque o trouxe?” e olhem que ele não é homem para desistir facilmente! Lá o convenci e trouxe-o a “reboque”, que é como quem diz a tentar convencê-lo que estava quase no fim, mas os dois – em grande parte do percurso – com a bike na mão, juntámo-nos ao Bruno e assim fomos uns kms. Foi a parte mais dura – física e psicologicamente – do percurso. A paisagem era árida, sem grande interesse, os kms (julgo que cerca de 40) já pesavam nas pernas e a bike … na mão! Como dizia o Bruno “parece que nascem montanhas”!

A certa altura consegui encontrar o meu ritmo e pôr-me em cima da bike, vendo os Joões ao fundo nas rectas e tendo-os como referência.

Finalmente, chegámos ao fim da subida de rastos. A decisão foi unânime: agora descer e alcatrão até à Portela do Homem. Até aos mais bem preparados fisicamente, os kms e a dureza do percurso já pesavam.

Descemos agrupados e chegámos ao alcatrão, numa descida com piso duro e irregular, ladeada por mata densa, em que se fazia sentir o frio, mas mais relaxados fisicamente. Apenas o João T. se queixava do pulso, dizendo que teria que “ocultar esta terapia ao médico”.

Ao começarmos a subir para a Portela do Homem, juntámo-nos um grupo cá atrás – Bruno, Hugo, João T. e eu – e fizemos estes kms a um ritmo porreiro, observando a natureza envolvente e desfrutando do momento. A Mata de Albergaria é fantástica e, por esta altura do dia, o sol batia na barragem de Vilarinho das Furnas e a paisagem estava deslumbrante.

A malta reagrupou para entrarmos no Parque e para a foto da praxe. Valeu a Pena!

… como bem, lembrou o Hugo … aqui há uns anos … e não tantos como isso, para fazermos este percurso tínhamos que mostrar passaporte a meio …. e dado o nosso “bom ar” – somos uns rapazes jeitosos! – lá nos deixariam passar, relatando ao que íamos e onde íamos ….. e, vejam lá, ainda há quem seja contra a União Europeia …

Tiago

Rescaldo do Gerês – Dia SIM

Ao contrário do título do anterior post, eu como um dos protagonistas na cena mais hilariante do Trinca-Extreme de sábado passado, acho que foi um dia extremamente positivo.
Vou começar pela véspera. Os TPO´s saíram de Lisboa a seguir ao almoço e rumaram a Braga. Carros completamente carregados. O meu com uma cozinha ambulante para providenciar a paparoca ao resto do grupo. O Carro do Zé carregado com… deixa cá ver… Chocolates e Cerveja… Hum, a coisa estava bem distribuída, eles ajudaram a dividir a carga.
Chegamos ao parque de Cerdeira eram 19.30 depois de muitos atalhos para fugir ao trânsito, porque já havia malta a passar fome á nossa espera.
Iniciamos logo os preparativos para o jantar sob ameaça de chuva. Foi coisa bonita de se ver. Todos a ajudar, uns a por a mesa, outros a ajudar uns a por a mesa e 2 andavam perdidos a tentar assar umas chouriças.
A Ementa decidida pelo “chef” foi “Spagheti a lá Bolognese” em versão “Gourmet”. Queijos e chouriços de entrada antecipados por uns belos “Mojitos”.
Nesta fase ainda só estávamos 7. Lavada a louça e arrumado o acampamento demos inicio a um conjunto de actividades de carácter lúdico eh eh eh.
Realizamos então um pequeno briefing para afinar os detalhes sobre a volta para os estreantes onde foram colocadas muitas dúvidas que foram esclarecidas pelos restantes.
Era já perto da meia-noite quando chegaram o Brites e o Alex quem ficaram muito espantados com a animação que encontraram eh eh eh.
A partir daqui foi um ver se te avias. Alguns foram dormir e outros nem por isso, eh eh eh.
O Hugo chegou já depois da 1 da manhã só para fazer jus ao seu perfil.

No dia seguinte, com mais ou menos fastio, lá nos levantamos para cumprir o objectivo. Esse já esta relatado na crónica do Alex e por isso deixo de lado. Apenas quero dizer que adorei repetir a volta do ano passado e achei muito interessante a parte nova que incluímos para este ano. Pena que não tenha dado para terminar, mas há mais marés do que marinheiros.

Chegados ao parque e depois de umas banhocas para retemperar e tirar a porcaria de cima do esqueleto, havia que tratar do jantar pois a malta estava com fomeca.
“Pirex, queres ajuda” acho que foi a cena que mais ouvi este fim de semana. Só quando precisei é que ninguém ofereceu ah ah ah.
Aquilo parecia a cozinha de um hotel. Toda a gente a trabalhar porque este jantar era para 12 pessoas. Apenas para ficarem com uma ideia o que esta logística implicou:

5 Quilos de massa alimentar
8 Garrafas de vinho
2 Garrafões de 5 litros de água
1 Quilo de atum enlatado
2 Latas de mexilhões
6 Pimentos
1 Courgette grande
6 Latas de tomate aos cubos
Meio quilo de carne picada
1 Lata grande de cogumelos laminados
3 Quilos de fruta, bananas e maças
50 Pães saloios
Pratos de plástico, copos, talheres e guardanapos
4 Sumos e coca-colas de litro e meio cada
1 Quilo de tremoços
Meio quilo de azeitonas
Alhos e cebolas
Ervas de cheiro como coentros e manjericão
Queijos, chouriços, presunto e mais umas coisitas que não me lembro eh eh eh

Findo o repasto e com a ajuda de todos conseguimos arrumar tudo. Quem olhasse para aquele lugar onde tínhamos estado não percebia que ali tinha havido um repasto.
Dai, fomos tomar um café na esplanada onde aproveitamos para ver as fotos do dia e reviver os momentos que nos deram tanto prazer.
Ainda houve tempo para receber umas lições de astronomia porque a noite estava magnifica e tínhamos que aproveitar as estrelas no céu.

O Domingo foi dia para o regresso que fizemos a conta gotas. Espero que tenham ficado satisfeitos e se não ficaram, esqueçam, fiquem em casa que é melhor ah ah ah.














































Abraço a todos e até á Lousã já no próximo mês.

Pirex