20 outubro 2008

Queimar borracha em Belas

Aos poucos a malta vai reagrupando, alguns estão ainda a contas com lesões, outros procuram ganhar forma noutras paragens mas o que interessa é que a malta não pára. A chamada para este fim de semana levou-nos a Belas. Éramos quatro Trinca Pedras, três dos quais fundadores, pedalar com esta gente é um previlegio ao qual não podia faltar.

O tempo ameaçava enregelar os ossos por algum tempo mas o Boss rápidamente se encarregou de contrariar essa tendência e levou-nos por umas subidinhas cheias de pedra, só para aquecer.
O André (Bip Bip) e o Nuno Luz (Lights), nunca tinham pedalado por estas paragens, por isso e porque lhe está nos genes, o André metia a roda em tudo o que se parecia com um trilho de BTT, esta zona de Belas é propicia a descobertas e ele não se fez rogado.
A volta já se vai tornando familiar mas aquele trilho desde o alcatrão até ao túnel parece sempre novidade, é dos trilhos mais loucos que conheço, a inclinação é propicia a velocidades interessantes mas a pedra torna tudo muito duro e stressante.

À saida do tunel o André arranjou maneira de se divertir mais um pouco, pedalou no sentido ascedente alguns metros para poder curtir (sob o olhar atento do Boss) uma descida que lhe aguçava o apetite. Fomos rolando ao ritmo do nosso lema ”...sem pressa de chegar”.

Com tanta pedra foi com naturalidade que surgiu o primeiro furo, o comtemplado foi o André , a sorte é ele ter um pneu que se desmonta apenas com as mãos! O problema foi perceber qual o sentido certo para montar o pneu, sim, os pneus devem ser montados num determindado sentido. A assembleia reuniu, cada um com o seu palpite e, como não se chegou a nenhum consenso, o dono montou o pneu traseiro a seu gosto, estava na hora de descer e a paragem já ia longa.

Quanto dista das fotos anteriores para as fotos abaixo? Pouco mais de 500 metros, é verdade leram bem foi apenas fazer a descida e puf furo na mesma roda.
O Lights bem tinha avisado para certificarmos que o pneu não tinha nada, como ninguém ligou ele próprio acabou por encontrar o pico que havia furado duas camâras de ar em tão curto espaço de tempo. Para retirar o idesejavél intruso, o Bip Bip recorreu a uma técnica invulgar, ou isso ou pretende mudar o nome do grupo para Trinca Borracha. Com estes exemplos não admira que os mais novos trinquem tudo o que é colega.
Reuniu-se novamente a assembleia para tentar concluir qual a direção correcta para montar o pneu. Face ao comentário do Boss de que o pneu da frente roda em sentido contrário ao de trás, montamos o pneu e seguimos. (se alguém puder esclarecer, de preferência com ilustrações, envie um email p.f.f.).
Entramos na segunda parte do percurso riolando por cima do aqueduto antes de entrar naquele trilho lindo ladeado por vegetação, sempre ao lado do campo de golfe.
O singletrack é mesmo lindo, rápido, verde, com alguma pedra, o Light estava a gostar mas...outro furo, desta vez era a roda da frente, do André, é verdade três furos em 3km é obra. Não admira o homem só anda com camâras de ar remendadas por ele!!!! Desta vez não houve assembleia foi montar e andar.

Rolamos ao som dos tiros dos caçadores por uns km, o GPS levava-nos no trilho certo e a malta estava a divertir-se. Passamos pela pista de freeride e depois apanhamos o último singletack da volta.
Para azar meu e deleito do resto da malta furei a 500m do carro!! Por sorte tinha obeservado com atenção todas as técnicas usadas anterioremente, sem excepção, agora era só por em práctica as mesmas sob o olhar atento dos fundadores. Como não se contentaram com o meu furo ainda me desmontaram os apertos rápidos só mesmo para assustar.

A volta foi muito boa, sob o sol quente de Outono, a um ritmo ideal para pôr as conversas em dia. Resta agora esperar pelo regresso de todos para descobrir novas paragens.

Até lá, boas trincadelas!

13 outubro 2008

De volta Emduro

A paragem dos últimos meses quase que me deixou louco, por isso, a febre do regresso veio com toda a força. Era só mais um fim de semana em Lagos mas a bike tinha de ir comigo. De véspera, tracei o caminho utilizando o GoogleEarth, memorizei ao pormenor todo o trajecto durante cerca de 30 segundos e ultimei os preparativos para transportar a bike no tejadilho do carro.


A chuva que caiu na madrugada de sexta-feira ameaçava arruinar os meus planos, a manhã estava desagradavél. Ainda a recuperar de uma tremenda constipação, adiei a partida para a tarde.
O objectivo era ligar a Praia da Luz a Sagres por qualquer coisa que se parecesse com um trilho , sempre junto à costa e a trincar terra, o ponto de referência seria o recorte feito pelas ondulações e ventos que assolam o barlavento Algarvio e as indicações das gentes locais. Como já surfei a maior parte destes picos tinha uma noção da sequência das praias e dos caminhos que percorrem estas falésias.


Abalei de Espiche pouco depois das 15h30 em direcção à Prainha, ai segui o trilho pela Ilha dos Polvos, Fontainhas, Porto Dona Maria e Cama da Vaca, o trilho é agradavél, convida a rolar rápido e a dar alguns saltos, aparece uma ou outra parte mais técnica em que um pouco de concentração é o suficiente para ultrapassar as escadas formadas pelas rochas.


A ondulação de 0.5m de sueste que entrava na pacata praia de Burgau acolhia alguns bodyboarders, observei por meros instantes as sua manobras e segui viagem serpenteando as estreitas ruas desta localidade.

Entrei num trilho exigente, paredes de terra e pedra solta erguiam-se à minha frente, só a certeza de encontrar uma descida louca logo de seguida me davam forças para pedalar, segui por este carrocel até à linda praia de Cabanas Velhas. Parei um pouco para me refrescar, dava os primeiros sinais de fraqueza e só a leve maresia que salpicava a minha face me ajudou a recuperar tão depressa. Que loucura de descidas e que dureza física e técnica de subidas, BTT vertente Enduro em todo o seu esplendor.


O tapete em alcatrão guiou-me por algumas centenas de metros até me deixar na descida em terra batida da Boca do Rio, altura para pedalar a fundo por estradão, primeiro vertiginosamente e depois claro, a um ritmo pacato até á Praia da Salema.

Esta parte era a mais difícil em termos de orientação, por isso, consultei o GPS ( Gente que Pesca Sardinha) locais que prontamente me indicaram um trilho.

Sem saber tinha o receptor mal configurado, não marquei correctamente as coordenadas e, todo o trilho que escolhia pelo meio da densa vegetação acabava após uma descida de 70 ou 80 metros. Andei nesta lotaria cerca de 20 minutos altura em que encontrei duas fufas germânicas que me indicaram o trilho certo e, curiosamente, ficava muito acima das nossas cabeças.
Ganhei folgo e ataquei a subida energéticamente, andei aos S mais uns minutos e finalmente avistei a Figueira, agora sim sabia onde estava. Embalei numa descida louca até ao caminho principal, depois foi só apanhar o singletrack da praia, sim e é o único acesso à praia, 250m de grande BTT.

A hora já ia avançada e o ciclo computador marcava 25km, estava na hora de regressar a casa. Retornei pela N125, 13km a trincar alcatrão para ajudar a relaxar os músculos. Sagres ficará para a próxima, talvez acompanhado!!

Até lá, boas trincadelas!

06 outubro 2008

5 de Outubro na Galega

Óla Trincas,


hoje estou um pouco limitado e desta vez não é por causa dos pneus. Mas já lá vamos.
A manhã estava muito bonita e eu com o João, o Nuno e o Rui saimos para um volta saloia. Rolamos um pouco no alcatrão para a coisa aquecer e rapidamente entramos na terra.
Não demotou muito até que numa daquelas quedas estupidas a subir, com velhinha metida, o Nuno cai e desloca o polegar da mão esquerda e impossibilitado de dirigir a bike nos abandona. Ainda estavamos no inicio e perto da Galega. É verdade encontrei aqui um fossil. Paulo se quiseres dar uma olhada eu mostro-te.
E lá continuamos sempre a subir e direitos ao Milharado. Por sugestão minha fomos atalhando caminho pois pretendia ir ao Sobral.
Então não é que me espalho o mesmo a iniciar a descida para a Perna de Pau... É meus amigos aterrei de barriga e a coisa até teria corrido bem se não enterrasse o braço esquerdo numa pedra. Phonix a cena doi como o caraças.:)
Como se não chegasse, estavamos um pouco afastados da estrada, ainda tive que andar quase meia hora com a bike á mão e a moschila até uma rotunda onde a Nela me foi buscar para levar ao hospital.
Veredicto, luxação no ombro esquerdo.
Consequência, pelo menos uma semana em casa e provavelmente só daqui a um mês volto a pedalar uma bike.
Deixo aqui umas fotos onde na ultima estou eu com o braço enfiado no corpito.

Abraço a todos e estou por ai :)

















ps. aqui vão as radiografias eh eh eh

antes

depois


Pirex